O Trem de Ferro- da série: ensaios que nos levam a pensar

Subsérie: Assuntos estritamente conquistenses
Um arrazoado sobre um tema atual.
O TREM DE FERRO
A Ferrovia da Integração Oeste Leste FIOL (EF 334)
Trem de ferro, este equipamento, (embora nem todos saibam), possui uma única utilidade, que é a de fazer transporte de “coisas”, a única “coisa” que ele não pode transportar, é o bonde perdido da história, e a fumaça do passado, estes se foram para sempre, a fumaça do passado e o bonde da história são como a flecha atirada, a pedra lançada e a palavra proferida, nunca mais retornam.
O saudoso e competente engenheiro Vasco Neto, com sua capacidade e visão projetou uma estrada ou linha de ferro, prevendo sua passagem por Vitória da Conquista, creio que a proposta do eminente engenheiro, na época, visava o transporte de passageiros, pois, não havia ainda, sido construídas as estradas federais RIO_BAHIA, nem a ILHÉUS_BRUMADO, esta, hoje sob o comando do Derba, os que tentam “pongar”, no bonde da história, que já se foi há muito tempo, não o conseguirão. A Ferrovia da Integração Oeste Leste FIOL (EF 334), saindo de Luis Eduardo no Oeste da Bahia, região ou zona onde se produz toda a soja na Bahia.
Em seu traçado atual, esta nova linha férrea passará por Brumado, onde pegará o minério de ferro de uma grande jazida existente na região. (Existe uma grande nação interessada na importação de tal minério), esta nação é a CHINA. Esta ferrovia no seu traçado ou caminhamento para o município de ILHÉUS, para ter um melhor traçado, a partir de Brumado por questões de economia e por questões de ordem técnica utilizará os talwegs ou fundo dos vales, do Rio Santo Antônio, depois o talweg ou vale do Rio de Contas, ou seja, utilizará o traçado da antiga BR-030, e nas proximidades do município de Dário Meira cruzará a BR-116 e tomará a direção de Ilhéus, utilizando grandes talwegs ou vales existentes na região e daí pra frente irá na direção ou até as proximidades do município de Uruçuca, e deste município até a praia do norte, já no município de Ilhéus, observe que em todo este percurso a linha férrea nunca ultrapassará a cota 500, o que evitará diversos túneis todos de grande custo, e grande obras d´arte. No entanto se este traçado for modificado para passar pela cidade de Vitória da Conquista, tais condições serão desprezadas. A viabilidade tecnológica de se fazer tal percurso (por Conquista), existe sim, a engenharia tudo pode resolver, o problema seria somente a viabilidade econômica. É bom que se lembre que este projeto prevê somente o transporte de carga. Eu particularmente não vejo este traçado como um traçado político, mas sim como um traçado técnico. Julgo que este arrazoado fará cessar uma discussão ocorrida ontem na barbearia do Sinhozinho, que chamo de “Ágora”. No (antigo beco do choro). De antemão, deixo bem claro que: se por ventura surgir algum movimento reivindicando que a FIOL passe por Conquista, contem com o meu humilde e irrestrito apoio. Ontem a discussão versava sobre a possibilidade desta ferrovia passar pela cidade de Jequié, e de que os políticos desta cidade teriam interferido na modificação do traçado, e de que os políticos de nosso município não teriam interferido a favor do município de Conquista, (Nisto eu não creio!). A coisa pode ser olhada de outra maneira:
(A) a modificação do traçado para chegar até a cidade de Jequié, em muito pouco aumentaria os custos do projeto.
(B) Isto devido à pouca distância a ser acrescida ao traçado.
(C) Também, devido a existência de vales ou talwegs na região que permitiriam esta alteração do traçado sem exigir grandes obras d´arte e custosos túneis. O próprio talweg da BR-116 poderia ser utilizado. Não creio na viabilidade desta alteração do traçado, Jequié tradicionalmente, não é um grande gerador de cargas. Não creio nisso. Aos interessados eis um interessante link sobre o projeto: é só clicar no link abaixo:
www.cra.ba.gov.br/…/avaliacao-ambiental/…/101-produto-1-da-avaliacao-ambiental-estrategica-porto-sul
Este link vos levará direto ao âmago do projeto.
Aos mais interessados, que cliquem neste outro link abaixo, onde poderão tomar conhecimento de um estudo da fundação Luis Eduardo Magalhães, este estudo é datado do ano de 2001, portanto, anterior ao governo atual. Onde já estava em pauta a Ferrovia OESTE/LESTE. Conhecida hoje como: Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL
www.flem.org.br/paginas/…/pdfs/CadernosFLEM4-VersaoCompleta.pdf
Espero que com este arrazoado, a pendenga da ferrovia na “Ágora”, (estou me referindo à pendenga da discussão na Ágora), fique em estado de hibernação. E que eu tenha atendido aos amigos Paulo Nunes e José Arêas.
A palavra “Ágora” que no presente nos faz recordar o amplo teatro a céu aberto que: entretanto, (possuía grandes edificações), isto na Atenas antiga, onde os cidadãos livremente discutiam “fatos” pertinentes a filosofia, a política e às suas próprias vidas, foi dali que se originou o verbo agorien, do grego Koiné, antigo, que no século VIII (a.C) significava: discutir, deliberar, tomar decisões, etc.
De hoje em diante o antigo e mutilado beco do choro, será denominado de “Ágora”! E a edificação principal será tomada como sendo, a barbearia do amigo Sinhôzinho, ali, todos podem livremente defender seus pontos de vista, sem medo de nenhuma retaliação. Todo ponto de vista ou crença, ali pode ser apresentado e defendido, até mesmo, de que a Terra seja quadrada! Ou até mesmo, unidimensional como uma linha.
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória da Conquista, 26 de novembro de 2010
moversol@yahoo.com.br
Pensando bem! Seria bem poético e útil uma estação de uma estrada de ferro em nossa cidade.
Poderíamos mudar o beco do choro para lá. E até mesmo o beco da tesoura. Portanto, fiquem todos atentos, e de malas arrumadas para a mudança!!!…
Aviso aos mais afoitos! Este arrazoado é somente uma brincadeira entre os amigos: Paulo Nunes, José Maria Arêas e Edimilson Movér