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A Pergunta

25/01/2023 3 min read

AA

 A Pergunta
Ruy Medeiros é advogado e professor

Sou de 1947.
A primeira vez que ouvi a pergunta, devia ter 16 anos. Penso que a ouvi no Colégio Central da Bahia.
Um colega – sempre imagino que foi um colega – falou: até hoje o mundo se pergunta como a Alemanha, nação mais civilizada do mundo à época, aceitou o nazismo. Então eu já tinha alguma informação sobre o que era aquele regime.
A memória sobre a ditadura de Vargas estava presente na geração que a suportou ou que a combateu. Era uma geração dividida e muitos a comparavam à ditadura de Hitler, fazendo com que o nazismo fosse evocado juntamente com a memória do ditador brasileiro. Depois eu soube que os politicólogos as diferenciavam.
A pergunta era feita como se toda a Alemanha houvesse aceito Hitler. Era uma pergunta válida, mas induzia em muitos o sentimento de homogeinização política da sociedade alemã em relação ao sentimento pró nazismo. Não todos os alemães apoiaram o regime de Hitler e sua consigna “Deutshland uber alles” (Alemanha sobre todos). Mesmo uma parcela significativa, porém compulsoriamente calada, que apoiou o ditador alemão, passou a dele discordar, mas já não se podia eficazmente combatê-lo. O terror de Estado/partido dominou toda a Alemanha.
Mas a pergunta tinha sua razão e angustiava. Mexia com estruturas da sensibilidade e da inteligência.
Por que Alemanha, tida por muitos como o país mais civilizado, imergiu no terror nazista?
Depois vi outros terrores aparecerem no mundo. No Brasil, vio-o instalado em 1964 com a participação de parcelas da sociedade manipuladas. O fim da ideia de direito e da noção da dignidade da pessoa humana foi decretado pelos ditadores. Mesmo aqueles de minha geração, que não combateram o terror de Estado à brasileira, com algum tempo, passaram a discordar dele. A parte direita política passou a ter vergonha da ditadura militar e de tudo aquilo que ela significou.
Um dia a pergunta reacendeu e ganhou força na angústia de cada um. Novamente, agora, para o País a pergunta retorna (no fundo é a mesma) com força que o tempo não destruiu. Agora ela se põe multifacetada: por que diante de todo o desenvolvimento o obscurantismo toma conta da mente e do fazer de tantos? Por que tantos comunicadores pregam um regime que lhes calará a boca? Por que vários cantores apoiam implantação de um poder que cerceará a letra e a música? Por que advogados (para esses a liberdade é essencial) apoiam golpe capaz de destruir direito e direito de defesa? Por que tantos médicos põem-se contra a evidência científica? Por que tantos amesquinham sua personalidade, pedindo um regime que suprima o direito de sua própria inteligência, cultura, saber, expressar-se?
Aí está a pergunta.
Sobre ela há uma questão teórico-prática: os cultores de sua própria escravidão não podem nos impor servidão alguma e nós, que repudiamos a opressão, temos que encontrar formas eficazes, que tornem desnecessária a pergunta e que construam o nosso “fascistas non pasarán”.

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