Gonet apresenta hoje parecer pela condenação de Bolsonaro e demais golpistas
PIB sob Bolsonaro cresceu em média 1,5% ao ano, menos que Lula e Temer e só maior que o de Dilma

Por Ivan Martínez-Vargas — São Paulo
Nos últimos 20 anos, de 2002 a 2022, o Brasil teve uma média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% ao ano, de acordo com cálculos da consultoria MB Associados. O segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010) foi o que teve a maior média de crescimento desde os anos 1990, com 4,6% ao ano.
Na outra ponta, o segundo mandato de Dilma Rousseff, interrompido em 2016 pelo impeachment da petista, é o que teve o pior desempenho, queda de 3,4% em média. O PIB teve crescimento médio anual de 1,5% sob o mandato de Jair Bolsonaro. Em 2022, último ano do mandato de Bolsonaro, o país avançou 2,9%.
Durante a era Dilma (2011-2016), o país praticamente não cresceu: na média anual, o PIB teve alta de 0,4%. O indicador é fortemente afetado pelas recessões vividas pelo país em 2015 e 2016.
— Tivemos uma conjunção fiscal muito negativa, com a chamada Nova Matriz Econômica e uma forte turbulência política que nos levou a uma recessão doméstica sem precedentes. Dilma teve um crescimento do PIB de 4% em seu primeiro ano e o reverteu a uma contração de 3,3% em seu último ano — ressalta Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.
O cenário contrasta com o crescimento médio vivido na era Lula (2003-2010), de 4,1%. A economia brasileira avançou, por ano, 3,5% no primeiro mandato do petista e 4,6% no segundo mandato.
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Sob Bolsonaro, aprovação da Reforma da Previdência
Durante o governo de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia Paulo Guedes (2019-2022), o Brasil cresceu 1,5% ao ano, taxa inferior à registrada nos governos de FH, Lula e no primeiro mandato de Dilma. A gestão teve como legado principal na economia a aprovação da reforma da Previdência.
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De maneira geral, as taxas médias de crescimento do Brasil evidenciam que a economia tem patinado e crescido abaixo do potencial de um país emergente, segundo Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria.
Para ele, reformas estruturais como a tributária, além da apresentação de uma nova âncora fiscal que tenha credibilidade, auxiliariam a melhorar as expectativas e a destravar o crescimento do país para os próximos anos. A estimativa do mercado é de um crescimento tênue em 2023, em torno de 1%.