(77) 98804-3994
BLOG DO PAULO NUNES BLOG DO PAULO NUNES
  • Início
  • Sobre Paulo Nunes
  • Editorial
  • Últimas Notícias
    • Vitória da Conquista
    • Geral
    • Política Conquistense
    • Bahia
    • Brasil
    • Ciência e Tecnologia
    • Coronavírus
    • Cultura
    • Economia
    • Educação
    • Eleições 2022
    • Gastronomia
    • Governo da Bahia
    • Infraestrutura
    • Mineração
    • Mobilidade Urbana
    • Municípios da Bahia
    • Nordeste
    • Norte
    • Política
    • Polícia
    • Saneamento
    • Sudeste
    • Sul
    • Saúde
    • Segurança Nacional
    • Segurança Pública
    • Urbanismo
  • Colunas
    • Paulo Nunes
    • Jeremias Macário
    • Paulo Pires
    • Ruy Medeiros
  • Artigos
    • Opinião
    • História
    • História de Vitória da Conquista
  • Vídeos
  • Contatos

Últimas notícias

Operação retira ligação clandestina que abastecia mais de 50 imóveis, alguns com piscina, em Vitória da Conquista

Toffoli autoriza PF a fazer buscas em investigação contra Moro

Criou o Dia do Professor. Primeira deputada negra no Brasil. E marcou a história da educação no país

Transnordestina recebe autorização para transportar cargas entre Piauí e Ceará

Centro de Referência promove ações pelo Dia de Luta das Pessoas com Doença Falciforme

cmvc
  1. Home
  2. Reportagem
  3. Mortalidade infantil yanomami supera a de Serra Leoa, a pior do mundo



Reportagem xDestaque1

Mortalidade infantil yanomami supera a de Serra Leoa, a pior do mundo

09/02/2023 15 min read

AA

 Mortalidade infantil yanomami supera a de Serra Leoa, a pior do mundo
Criança desnutrida no chão da Casa de Atendimento Indígena, em Boa VistaImagem: Tom Costa/Ministério da Justiça e Segurança Pública

Carlos Madeiro

A mortalidade de bebês yanomamis antes de completarem um ano de idade alcançou 114,3 a cada mil nascidos em 2020. O dado consta no relatório Missão Yanomami, do Ministério da Saúde, que visitou o território em janeiro.

A taxa é superior à registrada em Serra Leoa, país na África que tem o maior índice do mundo, segundo ranking da ONU. Lá a estimativa é de 78,2 mortes a cada mil nascimentos por ano .

Segundo o documento da Saúde, as principais causas para a elevada taxa foram:

  • Doenças preveníveis;
  • Falta de acompanhamento pré-natal pelas mães;
  • Falta de assistência médica e remoção aos indígenas;
  • Desnutrição materna e infantil;

Em 2020, morreram 126 bebês antes de completarem um ano. Ainda não há dados completos de 2021 e 2022, o que impede uma comparação.

A taxa entre os yanomamis sempre foi maior do que a média do total registrado entre povos indígenas no país, mas essa diferença cresceu.

 

 

Somente entre 2018 e 2022 foram registrados 505 óbitos em menores de um ano de idade, ainda sem os dados finais dos últimos dois anos.

A taxa, apesar de elevadíssima, ainda deve estar subnotificada, já que existem áreas yanomamis que ficaram desassistidas porque foram tomadas por garimpeiros.

Segundo o Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena), pelo menos cinco das 78 unidades no território yanomami foram desativadas por esse motivo.

Cada polo de saúde monitorava dezenas de aldeias. Se você desativar, as pessoas podem estar morrendo e a gente não consegue saber porque não há o registroRenan Sotto Mayor, defensor público federal que visitou a Terra Yanomami em janeiro

Pista do Jeremias, Homoxi, onde garimpeiros tomaram o posto de saúde em 2022 - Bruno Kelly / HAY - Bruno Kelly / HAY
Pista do Jeremias, Homoxi, onde garimpeiros tomaram o posto de saúde em 2022

Imagem: Bruno Kelly / HAY

Causas

Segundo o relatório, as principais causas de óbito são por “agravos preveníveis”. Contudo, o documento cita que as unidade não relatam no registro da morte o agravante principal, que seria a desnutrição.

Somente em 2022, entre janeiro e setembro, foram registradas 99 mortes de crianças menores de cinco anos por causa evitável, sendo 67 menores de um ano.

Ao longo dos anos, a frequência de baixo peso cresceu de 49,3%, em 2015, para 56,5% das crianças em 2021. Em algumas comunidades essa frequência chegou a 80% em 2022, como em Paapiu.

Crianças desnutridas atendidas na unidade de saúde Surucucu, na Terra Yanomami (RR) - Antonio Alvarado/@antonioalvaradoc/Urihi Associação Yanomami - Antonio Alvarado/@antonioalvaradoc/Urihi Associação Yanomami
Crianças desnutridas atendidas na unidade de saúde Surucucu, na Terra Yanomami (RR)

Imagem: Antonio Alvarado/@antonioalvaradoc/Urihi Associação Yanomami

Desnutrição se agrava

No que se refere ao manejo da desnutrição grave, o relatório cita que “não há cuidado em relação ao risco de Síndrome de Realimentação.”

Segundo Melissa Palmieri, médica especialista em saúde pública e da Sociedade Brasileira de Pediatria, essa síndrome é uma complicação que ocorre normalmente após um jejum prolongado de quem está desnutrido.

“Ocorre geralmente 72h após o começo de uma dieta por sonda ou pela veia e pode acometer 1/3 dos pacientes que estão nessa desnutrição grave. Existe é um grande problema no tratamento, que precisa de atenção”, diz.

As mortes também ocorrem por falta de assistência. O relatório cita que três crianças de diferentes comunidades do território indígena que necessitavam de transporte aéreo morreram entre 24 e 27 de dezembro do ano passado. Duas delas eram menores de um ano.

Como já denunciado, o documento ratifica que houve, nos últimos anos, falta de profissionais de saúde e de remédios, que agravou ainda mais a situação sanitária.

Sem assistência de saúde, o relatório ainda cita que a cobertura vacinal de crianças vem caindo ao longo dos anos:

 

 

Melissa Palmieri explica ainda elevadas taxas de mortalidade infantil em grupos são resultado de uma desassistência durante o período perinatal (que vai de 22 semanas da gravidez a 7 dias após o nascimento), que inclui, por exemplo, a verificação de malformação congênita e doenças da mãe.

Outro ponto que ela cita é que a desnutrição pode causar problemas no sistema de defesa e perdas de massa muscular e gordura. Segundo o relatório da Saúde, o baixo peso nas gestantes atingiu 46,9% delas em 2022.

A mãe não se nutrindo bem, ou seja, sem vitamina, sem proteína e até intoxicada, não vai ter condições de suprir as necessidades do seu bebe, especialmente durante os sete dias iniciais.”Melissa Palmieiri, pediatra

 

 

COMUNICAR ERRO
Compartilhe:
  
Previous post
Next post

Leave a Reply Cancel reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Buscar no Site






Editorias
https://www.youtube.com/watch?v=AwKXGnZPhes






Busca por Data
fevereiro 2023
D S T Q Q S S
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728  
« jan   mar »



Colunistas


Versões Antigas



Leia também:
Segurança Pública xDestaque1

Operação retira ligação clandestina que abastecia mais de 50 imóveis, alguns com piscina, em Vitória da Conquista

17/10/2025

Uma operação conjunta da Embasa e Polícia Civil batizada Hydro (água em grego) descobriu e retirou um ponto de ligação

Direito e Cidadania xDestaque1

Toffoli autoriza PF a fazer buscas em investigação contra Moro

17/10/2025

Decisão envolve acusações do ex-deputado Tony Garcia sobre supostas ilegalidades em investigações do caso Banestado na Vara de Curitiba O

HOJE NA HISTÓRIA xDestaque1

Criou o Dia do Professor. Primeira deputada negra no Brasil. E marcou a história da educação no país

15/10/2025

Antonieta de Barros sancionou, em 1948, o Dia do Professor em Santa Catarina, muito antes da data se tornar nacional

Facebook Twitter Instagram Whatsapp

Web Analytics
Whatsapp: (77) 98804-3994

©2009-2025 . Blog do Paulo Nunes . Direitos reservados.