Senador que empregou Jair Renan teve caminhão apreendido com 322 quilos de maconha
Filho 04 ganhou emprego de R$ 9,5 mil no gabinete do ex-secretário da Pesca, Jorge Seif Junior, bajulador contumaz de Bolsonaro
Jair Renan Bolsonaro, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi premiado com um cargo no gabinete no Senado de um dos maiores aduladores do pai, o ex-secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior, que foi eleito pelos catarinenses pela casa legislativa.
Em portaria publicada no Diário Oficial da última quarta-feira (8), Jair Renan Valle Bolsonaro foi nomeado como auxiliar parlamentar pleno, com salário de R$ 9,5 mil para atuar no gabinete do ex-secretário.
Jorge Seif é o mesmo que teve um caminhão de sua empresa, a JS Pescados, pego em uma operação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com a as polícias militar e Civil de Mato Grosso do Sul com cerca de 322 quilos de maconha.
Seif Júnior, único dono da empresa, era um dos subordinados mais próximos de Bolsonaro e mesmo após a derrota seguiu a rotina de bajulação ao ex-presidente, inclusive indo visitá-lo nos EUA.
Tabletes de maconha
Segundo informações divulgadas nesta terça-feira (11) pela coluna de Marcelo Lula no site SC em Pauta, o caminhão foi abordado na BR-487, na região de Naviraí (MS).
Entre a carga de pescado, a polícia encontrou diversos tabletes de maconha em caixas com as iniciais JS, de Jorge Seif, nome da empresa.
O caminhoneiro foi levado à delegacia da cidade e teria declarado que buscou a carga na fronteira com o Paraguai e levaria a droga para Itajaí, em Santa Catarina, onde se encontra a sede da empresa.
Outro lado
Procurado pelo site, o senador bolsonarista afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que o caminhão e as caixas para transportes de pescado – com as iniciais da empresa – foram vendidas em 8 de setembro do ano passado de forma parcelada e que a documentação do veículo só seria transferida para o novo dono após o pagamento de todas as parcelas.
“Conforme contrato firmado entre as partes, o mesmo assumiu, a partir da compra, toda a responsabilidade pelo bem, não tendo o vendedor que se pronunciar por fatos ocorridos após a transmissão do mesmo”, diz na nota.
Questionado sobre quem seria o comprador do veículo, Seif afirmou não ter autorização para divulgar o nome. A assessoria afirmou ainda que a empresa está sendo administradas e que o senador não teria mais participação.
