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Vitória da Conquista 2024: Deixar “Tudo como está ” ou tentar melhorar ?
No último dia 30 participei de uma reunião ampliada da Executiva do PT, convocada e dirigida pelo presidente interino, Noeci Salgado. O encontro com velhos e novos(as) companheiros (as), o rico debate ocorrido, as diversas opiniões me ajudaram a melhorar bastante a minha visão do momento em que vivemos. Foi importante analisar as mudanças no plano internacional que se caracterizam pela redução da hegemonia absoluta dos Estados Unidos que tende a ser substituída pelo crescente poderio Chinês. A complexidade desse processo internacional pode reservar um importante papel ao Brasil. Na situação interna brasileira foi observado que o fracasso golpista de 08 de janeiro, apesar de forçar o bolsonarismo a um recuo temporário, não eliminou a ameaça constante contra o governo Lula que tenta superar o caos deixado pelo governo Bolsonaro. A vitória eleitoral de Lula deve ser considerada levando em conta que Estados importantes e o Congresso Nacional continuam sob o comando majoritário das forças reacionárias e algumas decididamente golpistas. Concluiu-se que a ação consciente dos movimentos sociais e a unidade política das correntes democráticas e progressistas podem frear as tentativas de paralisar o governo Lula, estratégia conservadora para manter a enorme distância social existente entre a elite privilegiada e os trabalhadores e o povo brasileiro.
Aqui, na Bahia, venceu a possibilidade real de continuar o processo de mudanças positivas e de desenvolvimento iniciado em 2007. Entretanto, urge um olhar mais crítico sobre a violência policial, as questões ambientais e a relação com o funcionalismo público estadual.
Mas, a situação em Vitória da Conquista e as eleições municipais do próximo ano dominaram as análises e opiniões dos presentes. Torna-se cada vez mais evidente que os grupos que desejam que tudo “continue como está” apostam na candidatura à reeleição da atual prefeita Sheila Lemos. Não porque acreditem na capacidade política e administrativa dela, mas, porque costumam usar a máquina administrativa e dela sabem tirar proveito pessoal e eleitoral. E, certamente, ela hoje é o instrumento para a prática deste procedimento ilegal. Mesmo admitindo-se que a prefeita assumiu a administração por obra do acaso e de uma fatalidade, sendo surpreendida e sem preparo anterior, logo a cidade percebeu que ela tem todos os defeitos do falecido Herzem Gusmão e nenhuma de suas virtudes. Chegamos ao ponto que Vitória da Conquista está sendo governada por uma gestora cujo único projeto é tentar endividar ainda mais o município e com tais empréstimos executar obras eleitoreiras. É muito pouco para Vitória da Conquista. Merecemos muito mais.
O PT, a Federação Esperança, partidos aliados antibolsonaristas e que prezam a democracia e o Estado de Direito podem formar uma forte aliança com condições de vencer o pleito municipal de 2024. Mesmo com a ausência de seus quadros eleitorais mais fortes – Guilherme Menezes e Zé Raimundo – que acertadamente entendem que já cumpriram o seu papel e está na hora do PT apresentar novas caras para as disputas municipais Na reunião ampliada da Executiva partidária esses nomes vieram à tona. O PT apresenta à Vitória da Conquista os pré-candidatos a prefeito(a) Waldenor Pereira, Viviane Sampaio, Alexandre-Xandó e Valdemir Dias para análise da Federação e aliados com a certeza de que, ao final desse processo democrático, fluiremos para um candidato único capaz de levar à vitória eleitoral e restaurar o processo de desenvolvimento sócio-econômico com justiça social e com a desejada melhoria da qualidade de vida para o nosso povo. Sabemos que são pessoas comprovadas no fazer político e administrativo e que no comando político da gestão municipal vão incorporar Vitória da Conquista no processo de União e Reconstrução liderado pelo presidente Lula. Por decisão unanime, será solicitado aos pré-candidatos(a) que até o dia 20 de abril próximo, cada um envie um documento resumido ao Diretório Municipal descrevendo as suas concepções sobre a aliança eleitoral e a federação; a participação do movimento social na campanha eleitoral; relação com a chapa proporcional composta pelo PT + federação e eventuais aliados; elaboração participativa do diagnóstico e conteúdo do Programa de Governo e o papel do PT/federação na campanha.
A composição e a qualidade da Câmara Municipal também foi objeto de muitas análises e propostas. Foi reafirmada a opinião de que o poder legislativo precisa firmar relações harmônicas mas independentes com o Executivo Municipal. O poder legislativo representa acima de tudo o povo com as suas necessidades e anseios, objetivando sempre a organização popular consciente e autônoma.
A institucionalização da Federação Partidária determina que o PT, o PCdoB e o PV, além do candidato majoritário, necessariamente deverão compor uma chapa de proporcionais única. Restabelece-se o núcleo histórico e vitorioso da Frente Conquista Popular que tantas conquistas e sucessos conseguiram para o povo de Vitória da Conquista.
Edwaldo Alves Silva é filiado ao PT.