Bolsonaro passa mal e cancela agenda; Carlos Bolsonaro se desespera: “Piedade, senhor”
O ex-presidente da República teve uma série de compromissos com lideranças do PL, mas precisou cancelar devido a problemas de saúde
O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a sofrer crises de soluços e vômitos, sendo obrigado a cancelar a agenda que tinha com lideranças do PL nesta terça-feira (1). Ao Metrópoles, a assessoria do Partido Liberal confirmou que o cancelamento das reuniões foi por orientação médica.
O vereador e filho de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, fez uma publicação dramática em suas redes sociais, afirmando que seu pai “está se matando” e pedindo “piedade ao senhor”. Carlos aproveitou o momento para criticar aqueles que desejam o mal do ex-presidente.
“Meu pai está literalmente se matando depois de terem tentado matá-lo. A quantidade de ‘gente’ que se diz de ‘direita’, vindo em seu perfil há um bom tempo torcendo pelo pior, é realmente muita maldade, e a inércia de outros é reveladora. Isso sempre foi assim, mas ultimamente está me fazendo ainda mais mal, porque se vê o movimento orquestrado frente a uma cirurgia de mais de 10 horas em menos de cerca de 2 meses. E pensar que querem a morte de quem os possibilitou ter o mínimo de voz! Força, pai. Tenha piedade, Senhor!”, escreveu Carlos Bolsonaro.
“Meu pai está literalmente se matando depois de terem tentado matá-lo. A quantidade de ‘gente’ que se diz de ‘direita’, vindo em seu perfil há um bom tempo torcendo pelo pior, é realmente muita maldade, e a inércia de outros é reveladora. Isso sempre foi assim, mas ultimamente está me fazendo ainda mais mal, porque se vê o movimento orquestrado frente a uma cirurgia de mais de 10 horas em menos de cerca de 2 meses. E pensar que querem a morte de quem os possibilitou ter o mínimo de voz! Força, pai. Tenha piedade, Senhor!”, escreveu Carlos Bolsonaro.
O revés de Carlos Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal
Na primeira quinzena de junho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi indiciado pela Polícia Federal, juntamente com outras pessoas, por suposta participação no esquema que ficou conhecido como “Abin paralela”, no qual aliados e opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro teriam sido alvos de arapongagem.
O relatório final aponta Bolsonaro como líder da organização criminosa montada em 2019, a partir da ascensão de Ramagem, por influência de Carlos Bolsonaro, ao comando da Agência Brasileira de Informações (Abin).
Além de ter sido indiciado pela PF no esquema da “Abin paralela”, o vereador Carlos Bolsonaro sofreu um revés no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes não permitiu que ele e seu irmão Eduardo fossem arrolados como testemunhas de defesa de Filipe Martins, réu na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Como justificativa, Alexandre de Moraes citou, justamente, o fato de Carlos Bolsonaro ter sido indiciado pela PF no caso da “Abin paralela”, que, segundo Moraes, possui relação com a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Sobre Eduardo Bolsonaro, Moraes afirmou que ele é parlamentar licenciado e investigado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
PF indicia Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem por supostos crimes na “Abin Paralela”
A Polícia Federal (PF) indiciou o filho “02” Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), entre outros, ao concluir as investigações sobre a chamada Abin Paralela, um suposto esquema de arapongagem para monitorar inimigos políticos, potenciais adversários e desafetos que foi montado no Palácio do Planalto durante o governo do ex-presidente.
O relatório final aponta Bolsonaro como líder da organização criminosa montada em 2019 a partir da ascensão de Ramagem, por influência de Carlos Bolsonaro, ao comando da Agência Brasileira de Informações (Abin).
Segundo a PF, a organização criminosa também era composta por integrantes do chamado “Gabinete do Ódio”, como Tércio Arnaud Thomaz e José Matheus Salles Gomes, conhecido como “Zueiro”, além de policiais federais que foram afastados de suas funções.
A lista de indiciados também inclui Paulo Maurício Fortunato, ex-diretor de operações da Abin durante o governo Bolsonaro que no governo Lula assumiu a secretaria de Planejamento da Abin. Segundo investigadores, ele teria tentado obstruir as investigações e é apontado como o idealizador do uso da ferramenta “First Mile”, um sistema de espionagem importado de Israel usado pela quadrilha.
Ainda foram indiciados o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, o chefe de gabinete do diretor, Luiz Carlos Nóbrega Nelson, e o atual corregedor da agência, José Fernando Moraes Chuy.
Ex-número dois da instituição, o delegado Alessandro Moretti também foi indiciado. Próximo a Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Moretti foi mantido por Lula, mas afastado em janeiro de 2024 após busca e apreensão da PF.
Ao todo, 35 pessoas foram indiciadas.
