VÍDEOS: Brasil explode em festa enquanto bolsonaristas choram na casa de Bolsonaro
A duplicação da Rio-Bahia é uma novela do fim do mundo

A duplicação da Rio-Bahia (BR-116), a estrada mais criminosa do Brasil, principalmente no trecho que corta e região de Vitória da Conquista, virou uma novela do fim do mundo. Sempre aparecem historias escabrosas, enquanto acidentes matam pessoas diariamente.
Um desses capítulos indigestos de vilões sinistros manipuladores capitalistas, que durou anos no ar, foi a Via Bahia que encheu sacos de dinheiro dos usuários e depois deu uma banana para os governantes e toda sociedade. Ela foi cínica nesta terra onde a lei não é respeitada e ainda levou um bom quinhão na parte que não lhe cabia. Noutro país, seus dirigentes estariam na cadeia.
Agora a dramaturgia insensata e trágica está nos apresentando a aprovação – não dá para acreditar mais em nada – do projeto da nova concessão, com uma moldagem, segundo se fala, com novidades e inovações. Tenha medo desses termos. Uma delas seria acabar com a cobrança de pedágios.
Parece um “samba do crioulo doido” porque antes foi anunciado que iriam implantar pedágios de 50 a 50 quilômetros, um absurdo dos absurdos para os que nela transitam. Agora é o governo federal, através do Denit e da ATT – Agência de Transportes Terrestres que segue escrevendo essa novela macabra carregada de sangue e lágrimas.
Estão por aí anunciando que vão instalar o “Free flow” (vamos no português gente!), que significa fluxo livre. Explicam que, através de câmaras, faz-se a leitura das placas dos veículos e a cobrança vai para o endereço do proprietário. Deu para entender? Isso não vai dar certo. Vai ter muitos questionamentos na justiça.
Pois é, ao invés de simplificar, querem é complicar. O certo seria não cobrar nada porque o contribuindo já está arrochado de impostos e taxas. A informação que se tem é que também existem outras inovações planejadas, mas não se sabe quais. No Brasil, quase nada é planejado. É tudo na base do improviso.
De acordo com o empresário José Maria, do Movimento Empresarial Conquista, uma das novidades que está prevista não é a duplicação tão esperada, mas sim o aumento de capacidade. Significa que haverá alargamento da pista existente, permitindo que ônibus, carretas e veículos lentos trafeguem pela faixa direita, concedendo fluidez no trânsito.
Está vendo aí? Tudo não passa de enrolação, conversa para “boi dormir”, coisa para “inglês ver”. Aqui no Brasil, as coisas só se resolvem na tora ou no grito. Na prática, essa ideia pouco funciona. Vai ser um tal de invadir faixa!
De acordo com Zé Maria, esse termo de aumento de capacidade poderá ser segunda faixa, ou faixa adicional e até duplicação. Durmam com um barulho desse! É uma mistura de alhos com bugalhos, coisa de arremedo, tapar buraco de barco velho.
“ Cremos que, apesar da demora, tivemos avanços”. Que avanços, meu caro Zé Maria? Todo dia morre gente nessa Rio-Bahia! “O mais importante foi a saída da Via Bahia. Outro foi a perspectiva das melhorias projetadas. Agora vamos aguardar o Tribunal de Contas da União dar o seu parecer. Estamos num momento de mobilizar a sociedade para publicação do edital”.
Até quando vão abusar da nossa paciência, oh Catilina!. Vamos chamar o romano Cícero, “doutor” na oratória, para colocar ordem nessa casa, ou ressuscitar o imperador Júlio César para resolver de vez essa questão, na base do vai ou racha. Cadê a mobilização da sociedade?
Zé Maria ainda desabafa que “temos suplicado – não temos que suplicar e se humilhar – pelas faixas adicionais e segundas faixas no trecho de Belo Campo até Planalto, mas o pedido não ecoa. Só vai ecoar quando se decidir fechar pistas, com pneus, paus e fogo.
Na verdade, o ponto crítico dessa BR, na Bahia, começa em Milagres e termina em Cândido Salles onde se registra acidentes quase todos os dias. Para rodar nesse trecho é preciso ter muita perícia e nervos de aço. No mais é tomar um banho de descarrego ou se benzer com um pastor ou um padre. Quem sabe o Papa não resolva esse problema!
Temos ainda a questão vergonhosa que nunca é solucionada. Trata-se do Anel Viário de Conquista, sem viadutos e passarelas. Tormento é pouca coisa para definir a situação caótica. Vamos logo no popular: O que temos é um Anel sanguinário matador.