Brasil abre seis novos mercados e retoma exportações de frango à Malásia
Bolsonaro é abandonado por quem mais o venerou, bem no dia do 1° voto por condenação
É um revés atrás do outro e, neste caso, significa que ele está completamente desamparado, e que enfrentará uma dura prisão
O Exército Brasileiro comunicou extraoficialmente o Supremo Tribunal Federal que não aceita receber Jair Bolsonaro em quartéis caso ele seja condenado a cumprir pena em regime fechado. O recado, dado em meio ao avanço do julgamento sobre a tentativa de golpe, simboliza um rompimento histórico: depois de anos de blindagem e reverência ao capitão reformado, os generais agora deixam claro que não pretendem dividir espaço com ele.
Nos bastidores, a prisão é vista como quase inevitável e a definição da dosimetria deve ocorrer já na sexta (12). Existe, porém, a possibilidade de Alexandre de Moraes autorizar prisão domiciliar por motivos de saúde, o que seria apenas temporário e não elimina a necessidade de definir o local de custódia.
As alternativas cogitadas incluem a superintendência da Polícia Federal em Brasília ou uma ala reservada da Papuda, esta última a mais provável. A primeira remete ao precedente de Lula, que passou 580 dias em Curitiba, mas traz riscos de alimentar o discurso de perseguição entre bolsonaristas por ser um órgão federal. A segunda, com maior peso simbólico e caráter punitivo, algo que reforçaria a narrativa de vitimização explorada pelo ex-presidente.
A hipótese de mantê-lo em instalação militar foi rejeitada de imediato. Para os generais de agora, abrigar Bolsonaro em um quartel traria uma série de constrangimentos e o inevitável perigo de converter o recinto num local de “excursões” de apoiadores, repetindo o cenário dos acampamentos golpistas, algo que as Forças Armadas querem esquecer. A diferença, agora, é que, dessa vez, seriam os próprios militares os responsáveis por reprimir seus simpatizantes, algo que não pretendem fazer de forma alguma e que fatalmente abriria margem para serem acusados de novamente facilitar a vida para o ex-presidente.
Com isso, o Exército envia uma mensagem inequívoca: quem um dia foi protegido e exaltado pela farda agora será deixado sozinho para responder por seus atos.
