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Raça do maior bovino do mundo, extinta em 1627, é recriada e volta aos pastos; vídeo

06/09/2025 7 min read

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 Raça do maior bovino do mundo, extinta em 1627, é recriada e volta aos pastos; vídeo
Adaptado de Richmond et al.; Grazelands Rewilding

Extinto há quase quatro séculos, o auroque — o maior bovino que já existiu e ancestral dos rebanhos atuais — foi recriado por um projeto internacional e retorna à natureza como Tauros, tornando-se símbolo de biodiversidade e de uma pecuária mais sustentável.

Imagine se fosse possível caminhar por uma reserva natural e se deparar com um animal que desapareceu da face da Terra há quase 400 anos. Essa é a realidade hoje em partes da Europa, onde o auroque — espécie considerada o maior bovino do mundo e extinta em 1627 — ganhou uma nova vida graças a um ousado projeto de conservação. O animal recriado recebeu o nome de Tauros, e já ocupa reservas em países como Portugal, Espanha, Croácia, Romênia, Holanda e, mais recentemente, a Dinamarca.

O auroque: gigante que marcou a história O auroque (Bos primigenius) foi o ancestral direto de todas as raças bovinas domesticadas, incluindo zebuínos e taurinos. Espalhou-se por praticamente toda a Europa, norte da África e parte da Ásia. Com altura que podia chegar a 1,80 metro e peso superior a uma tonelada, era um dos maiores mamíferos terrestres do continente. Forte e ágil, com longos chifres curvados, o animal desempenhava papel essencial na manutenção dos ecossistemas, criando clareiras e habitats que favoreciam inúmeras espécies.

Caçado de forma intensa e ameaçado pela perda de habitat, o último exemplar conhecido morreu em 1627, na Polônia. Foi um dos primeiros casos documentados de extinção provocada pelo homem.

Como o auroque voltou à vida: o projeto Tauros

Em 2008, a Fundação Taurus, dos Países Baixos, deu início a um ambicioso programa em parceria com a Rewilding Europe e a ONG ARK Nature. A estratégia escolhida foi o chamado back-breeding: em vez de clonagem ou manipulação genética, os cientistas selecionaram raças primitivas de gado europeu que ainda carregam características próximas ao auroque, como porte elevado, pernas longas, chifres robustos e rusticidade.

Foram utilizadas raças como Sayaguesa e Maronesa (Portugal), Maremmana (Itália), Boskarin (Croácia) e Podolicas (leste europeu), entre outras. O cruzamento sistemático resultou no Tauros, uma versão geneticamente e fisicamente semelhante ao auroque, ancestral dos bovinos modernos e outrora o maior bovino do mundo, capaz de viver de forma autossuficiente na natureza.

Hoje, o programa já conta com cerca de 500 animais distribuídos em seis países, alguns em reservas abertas onde desempenham funções ecológicas de grandes herbívoros.

Tauros e o impacto na biodiversidade

Os cientistas destacam que grandes herbívoros são verdadeiros engenheiros dos ecossistemas. Ao pastar, caminhar e revolver o solo, os Tauros ajudam a dispersar sementes, reciclar nutrientes, controlar o crescimento de arbustos e até reduzir o risco de incêndios florestais. Áreas de pastagem natural tornam-se mais ricas em flores, atraindo polinizadores, aves e pequenos mamíferos.

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Imagem: Rewilding Europe/Divulgação

 

Além disso, sua presença favorece predadores ameaçados, como o lobo ibérico e o lince, que encontram presas abundantes em ambientes revitalizados. Em Portugal, no Vale do Côa, os Tauros foram introduzidos ao lado de cavalos Sorraia, recriando a dinâmica de fauna que existia há milhares de anos e que foi registrada nas gravuras rupestres paleolíticas da região — patrimônio da UNESCO.

Relações com a pecuária moderna

Embora não tenham sido recriados para fins comerciais, os Tauros chamam atenção do setor pecuário. Sua resistência natural a doenças, rusticidade e eficiência em aproveitar recursos forrageiros de baixa qualidade oferecem insights para a seleção genética do gado moderno. Além disso, o conceito de “pecuária de conservação” dialoga com as demandas atuais de sustentabilidade e bem-estar animal.

Em vez de competir com a produção, o projeto sugere um modelo complementar: áreas marginais ou abandonadas pela agricultura intensiva podem ser ocupadas por rebanhos de Tauros, transformando-se em corredores de biodiversidade e, ao mesmo tempo, em atrações para o turismo de natureza.

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Staffan Widstrand / Maravilhas Selvagens da Europa

 

Uma volta que inspira o futuro

 

O retorno do auroque por meio do Tauros não significa apenas a recriação de uma espécie perdida. Representa também uma reflexão profunda sobre o papel do homem na extinção e na restauração de espécies. Como destacou o biólogo Thor Hjarsen, que liderou o projeto na Dinamarca, o objetivo é “restabelecer a função primordial do auroque na natureza”.

A imagem desses animais imponentes pastando novamente nos campos europeus conecta passado e futuro. Para além da ciência, o Tauros se tornou um símbolo de esperança, mostrando que mesmo perdas históricas podem ser, em parte, revertidas com conhecimento, perseverança e cooperação internacional.

???? Veja o documentário “O Retorno do Auroque”, lançado pela Rewilding Europe:

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