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A banana e a banalização

03/12/2024 6 min read

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 A banana e a banalização
Jornalista Jeremias Macário

  Quando menino e morava com meus pais na roça à beira de uma estrada de cascalho, adorava ver no final da tarde de todas sextas-feiras os feirantes ou tropeiros de Tapiramutá passarem com suas cargas de bananas para serem vendidas no sábado, na feira de Piritiba, e lá se iam os bananeiros gritando e tocando seus jumentos e mulas.

  Eram todas as espécies de bananas, como da prata, caturra, d´água, maçã, nanica e da terra. Em toda minha vida, desde quando me tornei gente no sentido da compreensão das coisas e fui estudar, nunca imaginei que uma daquelas bananas um dia se tornaria obra de arte colada com uma fita adesiva numa parede ou num quadro. 

  Até aí tudo bem porque seria uma homenagem louvável a um fruto de muitas proteínas e forte em potássio, originário do Sudoeste Asiático e do Oeste do Pacífico, plantado há mais de quatro mil anos na Índia, Malásia, Filipinas, Nova Guiné e Indonésia. É bom lembrar que nossos indígenas já cultivavam o fruto quando os portugueses invadiram o Brasil. 

  O mais espantoso e que chocou o mundo foi ela ter sido levada à leilão numa galeria ou espaço cultura de Nova Iorque (Sotheby´s) e ser arrematada como obra de arte absurdista do italiano Maurízio Catttelan por cerca de seis milhões de dólares, mais de trinta e cinco milhões de reais, meus amigos!  

Quem comprou foi Justin Sun, um milionário chinês. Pelo menos se fosse a pintura de uma banana feita por um artista famoso, daria até para entender! Nesse caso se estaria valorizando a pessoa do pintor pela sua expressividade e realismo em retratar a banana que já foi capa de vinil. O tenista Guga comia muito uma nos intervalos dos jogos, para dar mais sustança ao organismo. Adoro a banana e como uma todos os dias.  

   Antes do leilão, o imigrante, Shah Alam, vendeu a banana em sua humilde barraca por 25 centavos de dólar, ou quatro por um dólar. Quando ele soube do ocorrido pelo repórter, o barraqueiro chorou, tudo indica por ter lembrado da sua vida difícil para sobreviver e também nos outros milhões no mundo que, como ele, passam fome, além de outros milhões escorraçados de seus países pelas bombas das guerras, como vem acontecendo na Ucrânia, Palestina, Líbano, Síria e em nações africanas.

  Bem que o coitado do imigrante solitário merecia por direito uma parte do dinheiro do leilão, pois a banana saiu da sua barraca! Será que essa presepada foi no sentido de ironizar a República das Bananas em certos países da América Central e do Sul, ou uma maneira de valorizar a banana?   

   O mais sarcástico de tudo isso, nessa humanidade decadente, idiota e fútil, é que o comprador comeu a banana, literalmente, em frente aos jornalistas e de uma plateia de ricos trogloditas. Naquela cena, só veio à minha cabeça de que ele estava simplesmente dando uma banana no sentido sádico para todo mundo do planeta, como se mandasse todos pobres, infelizes, refugiados, perseguidos e injustiçados se lascarem. 

Aquele gesto também me atingiu, porque vi ali não somente a banalização da banana. Fez passar um filme em minha cuca sobre a banalização dos valores humanos onde trocaram o certo pelo errado, incluindo aí a banalização da arte e da cultura. O conhecimento e o saber perderam seus valores e respeito.  Todos hoje aplaudem a imbecilidade e o lixo que vem das linguagens artísticas. 

    Colado ao caso da banana, estava assistindo depois uma reportagem sobre os cuidados luxuriosos de um gato feio, cujo dono gasta quatro mil reais por mês para deixá-lo bem feliz e paparicado. Além de uma veterinária, uma fotógrafa, penteador de seus pelos, psicólogo, o gato tem outros profissionais para que ele fique todo tranquilão, bonitão e não sofra nenhum trauma ou depressão.  Vi também um caso idêntico de uma vaca que vale milhões e outros bichos, como o cachorro. 

  Coisa de louco, meus amigos, se você for refletir sobre o tratamento que o pobre desgraçado recebe hoje por parte de nossos governantes, principalmente na área de saúde onde milhares sofrem de dores nos corredores dos hospitais e até morrem por falta de atendimento médico! O ser humano está valendo bem menos que uma banana, embora ela nos alimente com suas proteínas. 

  Como um assunto puxa outro, lembrei que a pirâmide de Quépes, no Egito, construída pelo faraó do mesmo nome, por volta de três mil anos a. C., conhecida como a grande, tem 157 metros a partir da sua base no chão. Depois de mais de cinco mil anos, agora um grupo empresarial brasileiro pretende erguer um edifício de 200 metros de altura, para ser o maior do mundo. Grande coisa, nesse Brasil tão desigual e faminto.

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