(77) 98804-3994
BLOG DO PAULO NUNES BLOG DO PAULO NUNES
  • Início
  • Sobre Paulo Nunes
  • Editorial
  • Últimas Notícias
    • Vitória da Conquista
    • Geral
    • Política Conquistense
    • Bahia
    • Brasil
    • Ciência e Tecnologia
    • Coronavírus
    • Cultura
    • Economia
    • Educação
    • Eleições 2022
    • Gastronomia
    • Governo da Bahia
    • Infraestrutura
    • Mineração
    • Mobilidade Urbana
    • Municípios da Bahia
    • Nordeste
    • Norte
    • Política
    • Polícia
    • Saneamento
    • Sudeste
    • Sul
    • Saúde
    • Segurança Nacional
    • Segurança Pública
    • Urbanismo
  • Colunas
    • Paulo Nunes
    • Jeremias Macário
    • Paulo Pires
    • Ruy Medeiros
  • Artigos
    • Opinião
    • História
    • História de Vitória da Conquista
  • Vídeos
  • Contatos

Últimas notícias

Wagner culpa Bolsonaro por fraudes no INSS e diz que governo Lula age com ‘firmeza’

Gripe é principal causa de mortes por SRAG em idosos, alerta Fiocruz

VÍDEO: O emocionante discurso de Lula no velório de Pepe Mujica

“Entre 2019 e 2022 o ladrão entrou na casa”, diz ministro sobre fraudes no INSS

Desenvolvendo a Paciência e a Tolerância nos Relacionamentos

  1. Home
  2. Artigos
  3. Um Nobel para os bombeiros



Artigos xDestaque2

Um Nobel para os bombeiros

29/05/2024 9 min read

AA

 Um Nobel para os bombeiros
Carlos González- jornalista

Carlos González – Jornalista

Provavelmente não serei o pai da ideia. Alguém já deve ter levado ao governo federal a relevante candidatura dos bombeiros militares do Brasil ao Prêmio Nobel da Paz de 2024. A concessão da láurea pela Academia Real das Ciências da Suécia significaria uma justa recompensa a homens e mulheres que têm revelado bravura e altruísmo nos momentos em que são convocados para resgatar vidas humanas e de animais. O país tem acompanhado a conduta dos Soldados do Fogo, como eram chamados, na catástrofe que desabou sobre o Rio Grande do Sul.
Expressando-se em diferentes sotaques, bombeiros de  todo o país – a equipe de Sergipe sofreu um capotamento na BR-161, mas seguiu em frente numa viatura cedida pela corporação de Poções – foram distribuídos pelas cidades gaúchas alagadas pelos rios que cortam o estado. A representação da Bahia, integrada por 25 militares e pessoal de saúde, viajou no último dia 2 para a Serra Gaúcha, onde ocorreram deslizamentos de terra.
A outorga do Nobel aos bombeiros militares, que têm atuado em outras tragédias, tanto no Brasil como no exterior, não desmereceria a ajuda humanitária de outros dedicados profissionais, civis e militares, muitos deles voluntários, que procuram aliviar o sofrimento de milhares de pessoas que perderam seus bens materiais, além de familiares e amigos. Todos, em conjunto, têm o direito de levantar a taça.
Notícias mentirosas
“Cruéis e abomináveis” foram as expressões usadas pelo general Tomás Paiva, comandante do Exército, para qualificar as fake news, que, segundo ele, exercem um impacto negativo nos trabalhos de resgate e assistência às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
“A desinformação impede a sinergia entre órgãos governamentais para ações que são imprescindíveis nesse momento”, comentou o militar, que não esteve na China, como divulgaram mentirosos compulsivos. Ele tem viajado ultimamente para Porto Alegre, onde orienta os trabalhos de 21 mil militares.
Desde os primeiros dias das enchentes no Rio Grande do Sul, os Bolsonaro (Eduardo, Flávio e Carlos) tentam surfar nas ondas de uma tragédia, como legítimos oportunistas políticos. Trabalham de forma coordenada, espalhando mentiras, pois são doutores na matéria lecionada por seu pai, que já devia ter saído de cena.
Sustentados pela nação (pelo povo, na verdade), os  fomentadores do caos estão inserindo nas redes sociais informações mentirosas, com a finalidade de desacreditar o governo federal, tentando falsamente mostrar que os agentes do Estado priorizam o salvamento de animais, deixando mulheres, crianças e idosos para trás.
Num primeiro levantamento, a imprensa identificou sete deputados filiados ao PL, liderados por Eduardo Bolsonaro, como autores das fake news, além do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, do mesmo partido. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) está com a corda no pescoço. A oposição na Câmara de Vereadores protocolou pedido de impeachment, por suposta falta de ação, antes e durante a inundação da cidade.
Desumanidade
“O bolsonarismo é uma força destrutiva, que só é capaz de prosperar num ambiente de conflagração permanente”, opinou o “Estadão”. Difundir notícias mentirosas é uma desumanidade, prática que o ex-capitão demonstrou durante os quatro anos de seu mandato. Na última semana de 2021, durante a intensificação das chuvas no sul da Bahia, com 75 municípios em situação de emergência, Bolsonaro foi passar férias numa praia em Santa Catarina, onde foi visto passeando de jet ski.
Ao longo da crise sanitária causada pela Covid-19, o ex-presidente propagou afirmações falsas sobre as vacinas, incentivou o uso de medicamentos ineficazes, promoveu aglomerações, deixou os doentes de Manaus sem oxigênio, atrasou a implementação de uma campanha de imunização e zombou dos que morreram contaminados pelo vírus.
Agentes de inteligência do governo (Gabinete de Segurança Institucional e Agência Brasileira de Inteligência) elaboraram entre março de 2020 e julho de 2021 mais de mil relatórios sobre a pandemia, mostrando o aumento do número de casos e de mortes no Brasil. Jair Bolsonaro optou por oferecer medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, e desdenhou, chamando-os de idiotas aqueles que ficam em casa.
A edição do último dia 20 da revista Cadernos de Saúde Pública revela que os municípios onde Jair Bolsonaro teve mais votos nas duas últimas eleições presidenciais contabilizaram mais mortes durante os picos da pandemia da Covid-19. As pesquisas foram feitas pelos docentes Everton Lima, da Universidade de Campinas (Unicamp) e Lilia da Costa, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com a colaboração da Fiocruz.
A descrença nos impactos da pandemia e a resistência às medidas sanitárias, recomendadas por cientistas e profissionais de saúde, além da conduta de muitos prefeitos, que preferiram seguir os conselhos do negativista de Brasília, principalmente os seguidores do evangelismo, foram os fatores apontados como determinantes pelos pesquisadores.
A comunidade evangélica de Vitória da Conquista recebeu na semana passada a notícia da morte, em menos de 24 horas, do casal Carlos Lúcio e Chilene Barbosa do Santos, líderes religiosos num templo do bairro da Patagônia. Ambos morreram de complicações (os pulmões estavam 90% comprometidos) causadas pela Covid-19. Os membros da igreja asseguram que o casal não se vacinou contra a doença, orientado pelo presidente, que boicotava medidas de combate ao vírus e o acesso às vacinas.
Os gaúchos assistiram indignados à justificativa do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) para não estar neste momento ajudando as vítimas das inundações. “Estou com 70 anos. Quantos homens com a minha idade estão no meio das águas?”, perguntou a um repórter o vice do governo Bolsonaro, acrescentando que seria “um desvio de sua função”.
Navegando no apoio da maioria dos gaúchos ao bolsonarismo nas eleições de 2022, Mourão obteve uma cadeira na mais alta casa legislativa do país como representante do seu estado. Um militar de carreira, afeito à caserna, repentinamente se converte num senador. Por acaso, não é um desvio de função?
Analogia
O servidor federal Celso Rocha de Barros, na sua coluna na “Folha”, fez uma analogia entre a crise sanitária de 2002-2021 e a tragédia no Rio Grande do Sul, num cenário, felizmente fictício para os gaúchos, com Bolsonaro na Presidência da República.
A atuação do ex-militar no período em que o país perdeu mais de 700 mil vidas já é conhecida dos brasileiros, com exceção dos fundamentalistas e fascistas. Hoje, o “mito” negaria as inundações e as chamaria de “chuvazinha”. Em suas lives acusaria a China e São Pedro como responsáveis.
Depois de ouvir Paulo Guedes, seu ministro da Fazenda, afirmaria que a evacuação das áreas cobertas de água seria desnecessária porque atrapalharia a economia. Declararia guerra ao governador Eduardo Leite, como fez com João Dória, então governador de São Paulo, por ter se antecipado na compra de vacinas.
Aproveitaria a oportunidade para revelar seu lado cômico diante de uma tragédia, imitando um gaúcho morrendo afogado. “Querem que eu faça o que? Não sou salva-vidas”, quando passasse a ser questionado pela mídia. Atribuiria aos que morressem afogados algum problema de saúde, por não conseguirem vencer a correnteza, “o que não aconteceria com os que têm histórico de atleta, como o meu caso”.
O epidemiologista Pedro Halal usou dados estatísticos para mostrar que 95 mil mortes seriam evitadas se Bolsonaro tivesse adquirido as vacinas ofertadas pelo Butantã e pela Pfizer. Contrariando a ciência, ele queimou vacinas e medicamentos, além de ter deixado sem oxigênio os hospitais de Manaus.
Bolsonaro e seu ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, esconderam dados sobre a Covid-19 divulgados nos boletins epidemiológicos. Os principais veículos de comunicação criaram um painel para combater a desinformação. Essa associação foi restabelecida para contestar os fake news que colocam em risco o trabalho de recuperação do Rio Grande do Sul. As denúncias podem ser feitas pelo email folhainformacoes@grupofolha ou pelo whatsapp (11) 99581-6340.
Compartilhe:
  
Previous post
Next post

Leave a Reply Cancel reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Buscar no Site






Editorias
https://www.youtube.com/watch?v=AwKXGnZPhes






Busca por Data
maio 2024
D S T Q Q S S
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031  
« abr   jun »



Colunistas


Versões Antigas



Leia também:
Jornalismo e mídia xDestaque3

‘Voz marcante’ do jornalismo brasileiro, Léo Batista morre aos 92 anos

19/01/2025

O jornalista estava internado em um hospital do Rio de Janeiro Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil

Artigos xDestaque1

 Festas juninas em troca de votos

06/06/2024

Carlos González – jornalista A última relação divulgada pelo jornal “A Tarde”, com base em dados fornecidos pelo Painel da Transparência

Artigos xDestaque2

O uso perverso da tragédia Carlos Albán González

07/05/2024

“El jarrón malo no se rompe” (vaso ruim não quebra), dizia meu avô Ricardo, imigrante espanhol da província de Pontevedra..

Facebook Twitter Instagram Whatsapp

Web Analytics
Whatsapp: (77) 98804-3994

©2009-2025 . Blog do Paulo Nunes . Direitos reservados.