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‘Empurrômetro’ no posto: 5 ofertas do frentista que você deve recusar
“É necessário aguardar cerca de dez minutos até o óleo descer para o cárter”, ensina. Além disso, tem a questão da especificação do óleo: misturar lubrificante sintético com mineral, por exemplo, afeta a eficiência e a viscosidade, elevando o risco de problemas.
2 – Colocar aditivo de combustível
Essa é outra oferta que representa desperdício de dinheiro, segundo o engenheiro.
“Tanto o combustível quanto o óleo lubrificante já são certificados e vendidos com a formulação necessária para proporcionar o funcionamento ideal do motor”, afirma Satkunas.
Ele lembra que, se o cliente fizer questão de um produto para prevenir o acúmulo de sujeira e de resíduos nos componentes internos, as distribuidoras oferecem variantes aditivadas de gasolina e etanol.
“Não recomendo colocar aditivo”, orienta.
3 – Checar o fluido de freio
Esse é outro “empurrômetro” bastante comum nos postos de combustível. Nesse caso, o alerta de Satkunas é relativo à contaminação do fluido de freio por água.
“O fluido tem a característica de absorver a umidade, por menor que seja. Basta espirrar um pouco de água para contaminar o produto e acelerar seu ponto de ebulição, comprometendo a capacidade de frenagem”, explica.
Outro risco, esclarece é da entrada de ar na tubulação de freio, ocasionando a formação de bolhas que também podem reduzir a eficiência da frenagem. Caso o nível esteja muito baixo, orienta o engenheiro, dá até para completar no posto. No entanto, o ideal, em uma situação como essa, é substituir todo o fluido e fazer a sangria em oficina especializada.
Satkunas também destaca que não é recomendável colocar qualquer fluido.
“Da mesma forma que o óleo do motor, o fluido de freio tem especificações diferentes para cada veículo, que são informadas no manual.”
4 – Aditivo no radiador
A checagem do nível do líquido de arrefecimento no vaso de expansão é um serviço útil, sobretudo se o carro for mais antigo e rodado. Contudo, se o nível estiver abaixo do recomendado pela fabricante do automóvel, alguns cuidados são essenciais.
“Nunca utilize água da torneira. O recomendável é repor apenas com água desmineralizada para prevenir corrosão nos dutos internos”, esclarece o engenheiro.
Quanto à colocação de aditivo, ele recomenda usar estritamente o produto de especificação informada no manual do automóvel. “Varia de acordo com o veículo. Alguns requerem colocar mais ou menos aditivo no reservatório. Siga sempre o que diz o manual.”
5 – Trocar as palhetas do limpador de para-brisa
Devido à exposição ao sol e à sujeira, com o tempo a eficiência da palheta do limpador do para-brisa, que funciona como uma espécie de rodo, é comprometida. Isso pode ser constatado quando surgem ruídos na hora de acionar o limpador e, principalmente, quando a remoção da água acontece de forma irregular.
No entanto, diz Satkunas, nem sempre é preciso substituir a peça.
“Em alguns casos, basta limpar as palhetas com água para remover a sujeira acumulada. Além disso, usar itens que não sejam os da especificação para aquele veículo traz risco de mau funcionamento e até de danos ao para-brisa.”
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