Especialistas desmistificam 5 mitos sobre a doação de rins em vida
São Paulo, novembro de 2025 – Quando pessoas saudáveis doam um dos seus rins para transplante, elas oferecem a outros uma oportunidade muito importante de recomeçar a vida. Especialistas da Mayo Clinic estão ajudando a desmistificar alguns dos mitos mais comuns sobre a doação de rim em vida.
“Para pessoas com insuficiência renal, receber um rim de um doador em vida é a melhor opção que existe. Quando as pessoas saudáveis doam um rim, elas dão a alguém uma segunda chance. Isso facilita que os pacientes que precisam de um transplante de rim recebam o órgão de forma mais rápida e levem uma vida mais saudável,” diz a Dra. Carrie Jadlowiec, cirurgiã de transplante na Mayo Clinic em Phoenix.
Mito: Doadores de rim em vida precisam estar com a saúde perfeita.
Embora seja importante que os doadores de rim tenham uma boa saúde, não se espera que eles estejam em perfeitas condições. Por exemplo, alguns doadores em potencial com pressão arterial alta controlada ou com diabetes tipo 2 podem ser elegíveis para se tornarem doadores. Todos os doadores em potencial precisam ter pelo menos 18 anos e passar por uma avaliação médica e psicológica rigorosa para garantir que são bons candidatos para a doação. Na Mayo Clinic, essas avaliações podem ser feitas em um único dia.
Mito: Qualquer pessoa com mais de 50 anos não pode ser um doador em vida.
Muitas pessoas com mais de 50 anos são doadores em vida.
“Aceitamos doadores a partir dos 18 anos. Não há limite máximo de idade para alguém ser um doador de rim. Realizamos uma avaliação completa de todos os doadores em potencial, independentemente da idade, para garantir que sejam candidatos adequados” explica o Dr. Ty Diwan, cirurgião de transplante na Mayo Clinic em Rochester.
Mito: É necessário ser parente de alguém para ser compatível.
Qualquer um pode ser um doador de rim em vida. Você pode optar por doar um rim a um parente, amigo, conhecido ou anonimamente para alguém que está na lista de espera. Em alguns casos, um doador em potencial que deseja doar um rim para um membro da família ou amigo pode não ser a melhor opção para esse receptor. Nessas situações, a doação pareada é levada em consideração. Os doadores e receptores são combinados com outros doadores e receptores, criando o que é conhecido como uma cadeia renal. Pessoas sem um receptor específico em mente também podem optar por doar para um desconhecido através da doação não dirigida.
Mito: os doadores de rim não poderão ter um estilo de vida ativo após a doação.
Na maioria dos casos, os doadores de rim podem retornar às atividades normais de quatro a seis semanas após a cirurgia. A maioria dos doadores passa por um procedimento laparoscópico, que envolve realizar algumas pequenas incisões em vez de uma maior. Em alguns casos, a cirurgia robótica minimamente invasiva também é uma opção. Ambos os tipos de cirurgia reduzem o tempo de recuperação. Muitos doadores retornam aos seus hobbies pré-doação, como corrida, ciclismo e natação. Tal como acontece com qualquer cirurgia, existem riscos e é importante que os doadores em potencial os discutam com a sua equipe de saúde.
Mito: Doar um rim reduz a sua expectativa de vida.
Vários estudos demonstraram que doar um rim não reduz a expectativa de vida. Na verdade, os dadores de rim tendem a viver mais tempo do que a população em geral.
“Os doadores de rim passam por uma triagem rigorosa antes da doação, e aqueles aceitos como doadores geralmente são mais saudáveis do que a população em geral, inicialmente. Essas pessoas costumam continuar adotando estilos de vida saudáveis após a doação, o que pode levá-las a uma expectativa de vida maior,” afirma a Dra. Shennen Mao, cirurgiã de transplante na Mayo Clinic em Jacksonville, Flórida.
Sobre a Mayo Clinic
Mayo Clinic é uma organização sem fins lucrativos comprometida com a inovação na prática clínica, educação e pesquisa, fornecendo compaixão, experiência e respostas a todos que precisam de cura.

