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Plantando árvores para garantir o verde…

No último final de semana aconteceu uma bela ação de cidadania e de defesa das praças e do verde da nossa cidade. Os moradores do Conjunto Residencial Bem Querer plantaram mudas de árvores e plantas em áreas destinadas para praças e institucionais. Esta foi a forma pacífica e ordeira encontrada pela população para manifestar a sua insatisfação com a tentativa de vender esses terrenos para incorporadoras privadas. A prefeita Sheila Lemos obteve autorização legislativa para desafetar essas áreas e aproveitou-se dessa medida para transferi-las para a EMURC, argumentando que buscava quitar dívidas antigas, lá dos idos de 1990!!! Ora, a empresa municipal sempre dependeu financeiramente da Prefeitura e nunca foram utilizados tais recursos para o repasse financeiro. Em tempo recorde logo surgiu um “comprador” para adquirir a gleba da EMURC permitindo à empresa reforçar o seu caixa, por meio da venda das áreas do nosso Conjunto Residencial. Inclusive, já vendeu preliminarmente toda a área destinada para praças na frente ao Conjunto para a VCA, em um negócio sem transparência e recheado de irregularidades. O TCM – Tribunal de Contas dos Municípios – acionado pelo advogado, dr. Marcos Adriano, com dúvida da lisura do processo decidiu suspender toda a venda ilegal.
Ora, áreas verdes não foram institucionalizadas para venda, ainda mais da forma nebulosa como a prefeita está tentando fazer, ou seja, em favor de interesses menores. A população do Bem Querer exige que essa área seja urbanizada e cumpra a sua destinação original: tornar-se praça urbanizada e sistema de recreio para jovens, crianças e adultos, condição fundamental para a qualidade de vida dos moradores. As reservas de terrenos institucionais são elementos indispensáveis para a construção futura de creches, escolas, postos de saúde, postos policiais e outros equipamentos públicos. A venda dessas áreas públicas tornará impossível para sempre a realização desses objetivos.
A alienação das áreas públicas do Bem Querer, assim como de qualquer outra área da cidade, implicará necessariamente na desvalorização dos nossos imóveis. Todos perderemos. Com certeza, uma residência desprovida de áreas verdes próximas é bastante desvalorizada. Independentemente do que for construído no terreno ora em litigio, o nosso Bem Querer terá o seu acesso diminuído, podendo tornar-se “cercado” por edifícios ou condomínios murados. Ainda não é possível prever todas as consequências do adensamento que ocorrerá na área.
De qualquer maneira, a venda de nossas áreas públicas, se permitirmos que seja efetivada, significará uma piora na qualidade de vida dos moradores e uma desvalorização completa do valor de nossos bens maiores – a nossa casa.
Os moradores que no final de semana, organizados pela Associação de Moradores, pegaram enxadas e pás e plantaram árvores e plantas deram uma notável demonstração de participação e união. Indicaram claramente que não aceitam qualquer transação da nossa área verde! Ela é inegociável!!!
Márcia Viviane é moradora do Bem Querer, vereadora e presidenta do PT.
Ferdinand Martins da Silva é morador do Bem Querer, professor e presidente do PSOL
Edwaldo Alves Silva é morador do C.R. Bem Querer e filiado ao PT.