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EDITORIAL | A farsa contra Rubens Sampaio: como falsários manipularam denúncias para destruir reputações

20/07/2025 9 min read

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 EDITORIAL | A farsa contra Rubens Sampaio: como falsários manipularam denúncias para destruir reputações

O Vácuo da Razão: Como a omissão midiática alimentou um linchamento moral e profissional na UESB

Absolvição judicial revela como o silêncio seletivo da mídia e a atuação oportunista de setores internos transformaram acusações infundadas em condenação pública

Por Herberson Sonkha

Vitória da Conquista (BA), 20 de julho de 2025 – A recente decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5), que absolveu por unanimidade o professor Rubens Jesus Sampaio da acusação de assédio moral, representa mais que uma vitória jurídica. Ela escancara as consequências trágicas de uma engrenagem onde a omissão da mídia, a conveniência de setores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e a instrumentalização de pautas legítimas – como o combate à violência de gênero e ao patriarcado machista-misógeno – podem arruinar carreiras, reputações e vidas.

A Quarta Turma do TRT-5, composta exclusivamente por desembargadoras, classificou a acusação como “sem nexo causal ou fundamento factual”, determinando a imediata reintegração de Sampaio à direção do Sistema UESB de Rádio e Televisão Educativas (SURTE).

O silêncio que condenou

O linchamento moral ao qual foi submetido o jornalista, professor e diretor da SURTE teve como principal combustível o silêncio da mídia e a ausência de uma crítica pública e acadêmica qualificada. Nenhum veículo local investigou a veracidade das denúncias formuladas por três servidores. Nenhum artigo questionou:

A ausência de provas materiais;

A negação da presunção de inocência, ampla defesa e do contraditório;

A substituição do devido processo legal por juízo moral sumário.

Esse vácuo foi preenchido por um consenso fabricado, no qual a acusação se tornou verdade incontestável. O resultado foi devastador:

Validação por omissão: o silêncio da imprensa transformou alegações em fatos;

Legitimação do linchamento: pessoas/setores de parte da comunidade acadêmica repetiram as denúncias como verdades absolutas;

Punição sem julgamento: mesmo com um PAD que o inocentava, o Ministério Público do Trabalho determinou o afastamento de Sampaio;

Tentativa de deslegitimação do trabalho: desconsideraram as conclusões do PAD instaurado e concluído dentro do regimento da UESB;

Conduta atípica da comissão: recusou-se a analisar a materialidade documental da defesa, demonstrando predisposição à condenação antes mesmo da apuração.

A sombra do SINJORBA

O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) teve papel decisivo na amplificação (com influência em jornais e blogs locais) do processo de condenação pública, ao assumir como verdadeiras as denúncias e ignorar fatos essenciais:

O reitor não apenas permitiu como determinou a instauração do PAD imediatamente, conforme orientação jurídica da Procuradoria da UESB;

A própria UESB, sobretudo por meio da SURTE, pauta-se historicamente pelo enfrentamento à violência de gênero e nunca arquivou acusações relaciodas a assédio;

Existiam conflitos institucionais entre os três servidores denunciantes e a linha editorial crítica da SURTE.

Essas omissões levantam perguntas essenciais:

Por que o sindicato ignorou os potenciais conflitos éticos entre os denunciantes e a gestão da SURTE?

Por que, ao exigir da reitoria apuração independente, não aguardou o fim do PAD para se posicionar?

A hipótese mais plausível: uma convergência tácita com grupos interessados em neutralizar ou menoscabar a atual gestão da reitoria e desarticular o projeto crítico da SURTE, um indispensável espaço de comunicação social na UESB que:

Forma comunicadores críticos para a mídia pública;

Enfrenta os oligopólios de comunicação;

Denuncia práticas de mercantilização de conteúdo entre servidores e empresas privadas.

A fábrica do inimigo ideológico

O caso Rubens Sampaio revela o funcionamento de uma engrenagem perversa de redução identitária e neutralização política:

Essencialização ideológica: um jornalista de esquerda, defensor de pautas sociais, foi enquadrado como “macho opressor cisgênero”;

Moralismo punitivista: denúncias se tornaram ferramentas absolutas de julgamento moral, substituindo a análise factual;

Inversão materialista: pautas emancipadoras foram instrumentalizadas para eliminar uma liderança crítica ao capital midiático.

Esse processo revela como discursos progressistas podem ser convertidos em armas simbólicas por aqueles que desejam silenciar dissidências políticas e intelectuais.

Justiça reafirma inocência

A decisão do TRT-5 reafirma o que já havia sido apontado pelo Processo Administrativo Disciplinar da UESB: inexistência de provas e inconsistência das acusações. A relatora, desembargadora Eloína Maria Barbosa Machado, classificou o afastamento de Sampaio como irrazoável, destacando:

Ausência de provas específicas;

Contradições nos depoimentos;

Motivação funcional e documentada para as transferências administrativas.

Entre os depoimentos colhidos, um dos denunciantes admitiu nunca ter tido conflitos com Rubens Sampaio e ainda revelou que seu contrato foi renovado por ele. A alegação de vazamento de dados também foi desmontada: não havia qualquer evidência que ligasse o professor ao suposto episódio.

A voz abafada dos que sabiam

A defesa de Rubens, conduzida pelo advogado Gutemberg Macêdo Júnior, apresentou uma nota assinada por mais de 50 servidores da SURTE, atestando a inexistência de ambiente de assédio. Ainda assim, o Ministério Público do Trabalho ignorou o documento, contribuindo para o desequilíbrio do processo.

O preço humano da omissão

As consequências do linchamento foram profundas:

Profissionais: destituição da função, suspensão de aulas e projetos;

Psicológicas: indícios de depressão, isolamento e estigmatização;

Públicas: abalo na imagem crítica e formadora da SURTE;

Acadêmicas: reforço da autocensura e suspeição sobre a reitoria, injustamente vinculada a práticas machistas por grupos opositores.

Quando o silêncio é cúmplice

A absolvição de Rubens Sampaio não apaga os danos causados por uma lógica inquisitorial sustentada por silêncio, conveniência e oportunismo. A imprensa falhou ao não investigar. O sindicato errou ao se alinhar de forma precipitada a uma narrativa sem provas. Setores da universidade instrumentalizaram pautas legítimas para atender a interesses de poder.

Não se trata de esquerda ou direita. Trata-se de como o silêncio dos justos permite que a tirania da conveniência destrua reputações e vidas. Rubens Sampaio é uma vítima dessa engrenagem perversa – e sua reintegração, embora tardia, é um alento contra o autoritarismo simbólico e institucional.

—

Nota editorial final:
A decisão do TRT-5 é um marco jurídico, mas não repara integralmente os danos morais e profissionais sofridos. O Blog do Sonkha reafirma seu compromisso com o rigor analítico, a defesa do contraditório, a escuta ativa das vozes silenciadas e a crítica estrutural à instrumentalização política de pautas sociais em ambientes institucionais. Justiça sem verdade, sem escuta e sem provas, é apenas mais uma forma de violência.

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