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Quadrilha: PF indicia Bolsonaro e mais 36 por tentarem destruir a democracia
Polícia Federal vê indícios de três crimes nas condutas de Bolsonaro e sua quadrilha: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa
O cerco da Justiça vai se aproximando de Jair Bolsonaro. A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (21), o ex-presidente e a quadrilha cooptada por ele para levar a cabo um golpe de Estado no país. A lista da PF totaliza 36 nomes, além do capitão da extrema-direita.
“O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, contendo o indiciamento de 37 indivíduos por crimes que vão desde a abolição violenta do Estado Democrático de Direito até golpe de Estado e organização criminosa”, informou a PF, em nota oficial.
Por meio da rede social X, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), rechaçou anistia para Bolsonaro e os integrantes de seu governo.
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“O indiciamento de Jair Bolsonaro e sua quadrilha, instalada no Planalto, abre o caminho para que todos venham a pagar na Justiça pelos crimes que cometeram contra o Brasil e a democracia: tentar fraudar eleições, assassinar autoridades e instalar uma ditadura. Prisão é o que merecem! Sem anistia”, disparou Gleisi.
Quadrilha
A temporada na prisão para condenados por crimes pelos quais a PF indiciou o ex-presidente e sua quadrilha de golpistas está prevista na legislação: tentativa de golpe de Estado (4 a 12 anos), abolição violenta do Estado democrático de Direito (4 a 8 anos) e organização criminosa (3 a 8 anos).
Foram indiciados pela PF, entre outros, os seguintes nomes:
– Braga Netto, general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022
– Augusto Heleno, general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro
– Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) do governo Bolsonaro
– Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro