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O cerco a Marielle

29/07/2023 6 min read

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 O cerco a Marielle

anais do crime

Em acordo de delação premiada, Élcio de Queiroz revelou outra tentativa de matar a vereadora – e disse que quem atirou nela foi Ronnie Lessa, com uma arma extraviada do Bope

Allan de Abreu

No último Réveillon que passou com vida, de 2017 para 2018, a vereadora Marielle Franco já vinha sendo monitorada pelos seus assassinos – que viriam a matá-la na noite de 14 de março de 2018. Em acordo de delação premiada com a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-PM Élcio de Queiroz confessou sua participação no crime, contou que quem atirou na vereadora do Psol foi o também ex-PM Ronnie Lessa (que, como Élcio, está preso pelo homicídio) e relatou uma primeira tentativa, feita em 2017, de matar Marielle – o “alvo”, como ela era chamada.

Élcio contou à equipe de investigadores que passou o Réveillon de 2017 para 2018 na casa de Lessa, no condomínio Vivendas da Barra. Foi quando Lessa lhe contou de um plano para executar uma pessoa (cujo nome não foi mencionado) e disse que a primeira abordagem fora frustrada porque o motorista, na hora de emparelhar com o carro em que o “alvo” estava, alegou um problema no veículo usado na operação. “Até o final do ano estavam fazendo monitoramento do alvo”, disse Élcio, segundo o depoimento à PF. Ele negou ter participado desse primeiro ataque à vereadora.

Outra revelação de Élcio foi sobre a arma que matou Marielle Franco, uma submetralhadora. Segundo ele, a arma usada por Lessa foi extraviada de um incêndio no Batalhão de Operações Especiais (Bope), há muitos anos, e vendida a Lessa por alguém que Élcio não sabe quem é. Lessa tinha “carinho” pela arma: “Então tinha um carinho por aquela arma, que ele usava sempre quando estava em operação no Batalhão de Operações Especiais; e ele reformou ela todinha, deixou ela cem por cento.”

Élcio detalhou ainda como foi a ação em 14 de março de 2018, quando Marielle e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados. Sua função foi dirigir o carro usado na operação. Élcio contou que já havia sido avisado por Lessa de que haveria um trabalho, mas não sabia exatamente do que se tratava. Por volta de meio-dia, o comparsa lhe enviou mensagem e pediu que ficasse a postos. Mais tarde, solicitou que fosse até o condomínio buscá-lo. Só aí, segundo Élcio, Ronnie Lessa lhe disse que o “alvo” era Marielle e que era algo pessoal. “No caminho eu fui perguntando qual era a situação, aí ele falou que era a vereadora, falou o nome, mas eu não sabia quem era. Aí eu falei ‘Mas qual é a situação?’ Ele falou que era pessoal; ‘mas tem dinheiro nisso aí, o que é?’ Aí ele falou: ‘não, é pessoal’. Aí fomos seguindo, ele foi me orientando.” Na piauí de março de 2019, a reportagem A metástase contou como a milícia espalhou seus tentáculos no Rio de Janeiro – e qual a conexão da milícia com a morte de Marielle Franco.

No acordo de delação, Élcio contou que, no dia do assassinato, estavam apenas ele e Lessa no carro. Afirmou que os dois ficaram de campana na rua, aguardando que Marielle Franco saísse do evento do qual participava na Casa das Pretas, na Lapa. Viram quando ela deixou o prédio, falou com outras pessoas – e Élcio disse ter acreditado que a missão seria abortada. Depois, começaram a seguir o carro dirigido por Anderson Gomes, e Ronnie Lessa pediu que emparelhasse com o veículo. “Eu emparelhei e botei meu vidro – a minha janela – paralelo ao carona do carro do Anderson; não vi, pois o vidro é escuro; ele já estava com o vidro aberto e eu só escutei a rajada; da rajada, começou a cair umas cápsulas na minha cabeça e no meu pescoço; [inaudível] quem pensa que é silencioso… Mas faz um barulho danado, não tinha nem noção; quem pensa que é pouco barulho… Mas é muito barulho; aí caíram as cápsulas em mim e ele falou ‘vambora’; eu nem vi se acertou quem, se não acertou.”

Élcio contou ainda que, depois do assassinato, Lessa lhe deu mil reais, mas disse que não era pelo serviço. “Ele falou: ‘vou te dar isso aqui, cara, segura isso aqui… Mas não é por causa disso não, hein… Não tem nada a ver com o crime não.” Na delação, Élcio revelou o nome de uma terceira pessoa que, segundo ele, participou do planejamento do crime, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, preso nesta segunda-feira no Rio de Janeiro. E disse que um outro ex-PM, Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé (morto em 2021), trouxe o trabalho para Ronnie Lessa. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, a delação de Élcio de Queiroz encerra a investigação sobre os autores do crime, e há elementos para identificação dos mandantes. Cinco anos e quatro meses depois do assassinato, ainda falta saber quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes.

Revista Piaui

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