Mãe, inspiração de Deus

Lucas Nunes
Todos nós sempre ouvimos “ o amor de mãe é o maior do mundo”, “ mãe é mãe” e uma série de outros clichês.
Apesar de todas essas frases de efeito e de toda a campanha publicitária que o mercado faz, o papel das mães nunca foi devidamente reconhecido.
As redes socias glamurizaram tudo, inclusive a maternidade. Passou a divulgar mães que não encontram nenhuma dificuldade, voltam ao trabalho em 30 dias, cuidam dos filhos, não tem olheiras, e retornam aos corpos de antes da gestação em 2 semanas. E é óbvio que isso não existe.
Vende-se também uma falsa ideia de que toda mulher, quando quiser irá engravidar, porque isso é uma coisa absolutamente tranquila e natural. Esquecem-se das que mais precisam ser acolhidas, as que não podem, não conseguem, ou sofrem perdas gestacionais. A sociedade simplesmente ignora esses casos e tem uma enorme dívida para com essas mulheres.
Ser mãe é ser invadida completamente pelo amor Divino. Desde a concepção, iniciando a gerar um ser dentro de si, com as mudanças no corpo, sendo inundada por hormônios.
Ser mãe é se doar completamente, é amamentar com o peito rachado e sangrando, e ainda assim achar isso maravilhoso.
Ser mãe é alcançar o cuidado extremo. É passar noites e noites seguidas em claro e, no raiar do sol, ao ver o sorriso de sua filha, transbordar de felicidade.
Ser mãe é transmitir o carinho máximo, é ser capaz de acalentar nos momentos de medo ou dor.
Definitivamente, a glamourização das redes sociais está muito distante de descrever a beleza da maternidade. Ser mãe não é nada fácil, muito provavelmente é a tarefa mais difícil que todas as mães tiveram na vida. Muitas sem nenhuma rede de apoio, nem dos pais, ou em condições financeiras dificílimas.
A beleza em ser mãe não é estar com uma pele lisa e brilhando, é criar o seu filho com educação e honestidade.
A beleza em ser mãe não é retornar ao corpo em 15 dias, é se doar, cuidar e proteger.
Mas as mães precisam de muito mais do que parabéns no dia das mães, muito mais do que chocolates e flores. É necessário compreender a dupla, tripla, quádrupla jornada. Precisamos entender as mudanças hormonais. É imperativo reconhecer que 180 dias de licença maternidade é muito pouco, que dirá 120 dias. É urgente entender que licença maternidade não é descanso. É fundamental que o pai cumpra o seu papel e o seu dever na criação dos filhos, e isso é dever, não é “ ajudar a mãe “. Precisamos reconhecer todos os direitos das mães e conceder centenas de outros direitos.
E cumpridas todas essas obrigações, agradecer imensamente, por absolutamente tudo e parabenizá-las, pela coragem, pela forca, pela doçura, mas sobretudo pelo Amor, porque mãe é muito mais do que super-herói, são as pessoas que mais próximo chegaram do Amor de Cristo.