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Opinião

Violência no futebol

15/04/2022 7 min read

AA

 Violência no futebol
Carlos González- Jornalista

Carlos González – jornalista

Na madrugada de 2 de julho de 1994, ao deixar uma discoteca na cidade colombiana de Medellin, o zagueiro Andrés Escobar, 27 anos, recebeu 12 tiros de um torcedor de futebol do seu país, que, segundo as investigações policiais, seria um apostador; no dia 31 de março, a esposa de Cássio, goleiro e ídolo do Corinthians, encontrou em sua conta no Instagram uma nota assinada por um tal $heik Caçador, também viciado em apostas, com xingamentos e ameaças de morte ao casal.

Os autores dos dois crimes e os motivos por eles apresentados foram colhidos pelas autoridades policiais de Medellin e de São Paulo. Os colombianos Humberto Muñoz Castro, Pedro David e Juan Santiago Gallón Hernao revelaram que perderam muito dinheiro no jogo realizado em 22 de junho de 1994, pela Copa do Mundo dos Estados Unidos, no qual os sul-americanos foram eliminados pelo país anfitrião com um gol contra de Escobar.

Diante da repercussão dada ao episódio de violência contra o Cássio, com o envolvimento do Ministério Público, e da intenção do jogador, bastante assustado, de deixar o Corinthians, o autor das ameaças se apresentou à Polícia. Igor Maranhão, que já foi preso por porte ilegal de arma e por receptação de furtos, alegou que se encontrava nervoso por ter perdido dinheiro num site de apostas, responsabilizando Cássio pelas derrotas que o time paulista vem sofrendo ultimamente.

Nas narrativas violentas que acompanham o futebol sul-americano há décadas, os homicídios ou tentativas praticadas contra atletas sejam raros, mas não se pode omitir do noticiário policial as verdadeiras batalhas, com mortes, entre torcedores dos clubes cariocas e paulistas, ao ponto do MP determinar torcida única nos estádios.

Os chamados jogos de azar (bingos, cassinos, jogo do bicho e apostas online) estão proibidos no Brasil desde abril de 1946 (decreto-lei 9.215, assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra), sob o argumento de serem degradantes para o ser humano, desempregando 60 mil trabalhadores. A proibição ficou apenas no papel, porque em qualquer esquina se encontra uma banca do jogo do bicho, e as casas lotéricas, licenciadas pela Caixa Econômica, funcionam em todas as cidades do país.

“Cassino” na Fonte Nova

Recordo-me que no antigo e saudoso Estádio Octávio Mangabeira funcionava um “cassino a céu aberto” no último degrau das arquibancadas freqüentadas pela torcida do Vitória. Apostava-se de tudo, como, por exemplo, a ordem de entrada em campo das equipes, o primeiro escanteio, etc. Nunca soube de atitudes violentas entre os apostadores. Em 2018, o presidente Michel Temer decretou a legalização das apostas esportivas, dando oportunidade à abertura de dezenas de empresas, difundindo suas marcas em placas de publicidade nos estádios, na internet e até nos uniformes dos times, inclusive da Seleção Brasileira. O futuro dirá se as ameaças de morte a Cássio ou tentativas de suborno a jogadores não contribuirão para o aumento da violência no futebol brasileiro.

No passado, costumava-se chamar argentinos e uruguaios de “catimbeiros” e violentos, qualificativos transferidos mais tarde para jogadores (Casimiro, uma das estrelas do Real Madrid, é recordista europeu de punições com cartões) e comissões técnicas dos clubes brasileiros. O torcedor paga caro para assistir jogos com mais de 40 faltas, muitas delas brutais, as enervantes “ceras”, as ridículas cenas de empurra-empurra, e a falta de compostura dos atletas e treinadores ao se dirigirem a árbitros e assistentes.

O futebol do Espírito Santo é um dos menos divulgados do país, mas recentemente ocupou o noticiário esportivo e policial da imprensa, com repercussão internacional. No intervalo de uma partida válida pelo campeonato estadual, o técnico da Desportiva Ferroviária, Rafael Soriano, desferiu uma cabeçada, atingindo o nariz da auxiliar de arbitragem Marcielly Netto. O agressor foi expulso de campo, suspenso preventivamente pela Justiça Esportiva e demitido do cargo de treinador da Desportiva. Marcielly prestou queixa numa delegacia policial e se submeteu a exame de corpo de delito, além de receber o apoio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e do clube capixaba.

Pretendo questionar neste parágrafo a ausência de idosos e deficientes físicos nos locais dos estádios onde os ingressos são mais baratos. Esse público que, por lei, goza de prioridades, está sendo obrigado a adquirir um camarote ou uma cadeira especial, por falta de condições de permanecer de pé por mais de 90 minutos, Enquanto nos estádios da Europa 80 mil torcedores se mantêm sentados durante um jogo, no Brasil, 100 ou muito menos insistem em ficar de pé. Trata-se, sem dúvida, de mais um ato de violência, marcante no futebol brasileiro.

“Organizadas”

Você já viu torcida organizada fazer um trabalho social ou protestar nas ruas contra a inflação e os aumentos constantes do gás de cozinha e da gasolina? Claro que não, mas, frequentemente, adeptos do Corinthians, Palmeiras, Flamengo e Vasco são convocados pelas redes sociais para batalhas campais, com probabilidade de haver mortes. Entre os atos praticados por essas verdadeiras gangues, que deveriam merecer uma ação mais enérgica das autoridades, estão os ataques com pedras e paus aos ônibus que conduzem as delegações dos adversários, e a invasão dos centros de treinamentos dos seus clubes para dar uma “prensa nos pipoqueiros”.

As duas maiores torcidas organizadas de Salvador, a Bamor (Bahia) e a Invencíveis (Vitória) se limitavam a leves contendas entre seus membros, embora as duas não possam estar juntas num mesmo estádio. Essa calmaria foi quebrada por um gesto impensado de três ou quatro sócios da Bamor. Revoltados com a desclassificação do Bahia na Copa do Nordeste e no Campeonato Baiano, arremessaram explosivos contra o ônibus que conduzia a delegação tricolor para a Fonte Nova, ferindo o goleiro Danilo Fernandes, que passou por uma bateria de exames oftalmológicos, desfalcando seu time em várias partidas. Sete sócios da Bamor foram identificados e detidos pela polícia, que até o momento não chegou aos autores da tentativa de assassinato. Um dos carros usados no ataque pertence a Half Silva, presidente da organizada.

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