OPERAÇÃO DROPOUT | Dinheiro desviado da saúde abasteceu campanha eleitoral, afirma ex-procurador
Humanidade destroçada : a guerra e os descaminhos da geopolítica internacional
(Prof. Dirlêi A Bonfim)*
Vou iniciar esse ensaio com alguns questionamentos: O que são as guerras…? Porque elas existem…?
Senão para acalentar a fome e a ganância exacerbada pelo poder. Um pouco de teoria sobre a
Guerra… Que se apresenta como confronto sujeito a interesses da disputa entre dois ou mais grupos distintos
de indivíduos mais ou menos organizados, defendendo cada um a seu modo, os seus interesses, se utilizam de
todos os instrumentos necessários para aniquilar ou destruir o outro (inimigo). A guerra ocorre em geral,
entre países ou entre grupos menores, como as tribos ou facções políticas dentro do mesmo país (confronto
interno, guerra civil). Em ambos os casos, pode-se ter a oposição dos grupos rivais isoladamente ou em conjunto.
Ou quando envolve outros interesses maiores e passam a extrapolar as fronteiras e territórios. Os conflitos
geopolíticos internacionais e globais. Neste último caso, tem-se a formação das chamadas alianças, que também
lutam também por interesses comuns. A guerra representa para o ser humano tudo aquilo que ele mais teme:
destruição, caos e principalmente a morte. A guerra é feita pelos homens e contra os homens. Representou uma
das causas pelas quais o próprio ser humano se tornou como é, tal qual a hipotética construção do homem no estado
de natureza hobbesiano. Para Hobbes, o que poderia unir os soberanos e evitar a guerra é a desconfiança mútua
entre eles. Só se relacionariam para evitar que um ataque o outro, estabelecendo limites. O que significa a frase
“O homem é o lobo do homem: para além do Leviatã…”O homem é o lobo do homem é uma frase tornada
célebre pelo filósofo inglês Thomas Hobbes que significa que o homem é o maior inimigo do próprio homem.”
A criação do Estado nada mais foi que um reflexo intelectual da efetivação do instinto da proteção humana. O
agrupamento de homens subjugados a uma autoridade é consequência da necessidade de sua incessante busca pela
sobrevivência (à luz de uma concepção hobbesiana). As guerras sempre foram uma maneira comum de tentar se
resolver as divergências, a contradição, o desencanto, o ódio e a profunda necessidade pelo domínio e poder
sobre o território e as suas populações, mais graves entre estes grupos, fossem eles reinos, impérios, baronatos
ou mesmo tribos rudimentares, ou mesmo o Estado constituído como o concebemos na contemporaneidade. Só
não teme o que está acontecendo quem ignora os fatos: trata-se este do momento mais delicado entre
russos e americanos em cinco décadas. E também para o resto do mundo, que assiste impassível a negociações
infrutíferas, ataques verbais sucessivos e conferências preocupantes. Normalmente, o inferno começa com
palavras — e com exércitos em marcha. Segundo o Professor Russel(2013). “Descobrir um sistema para evitar
a guerra é uma necessidade vital para nossa civilização, mas nenhum sistema tem condições de funcionar
enquanto os homens forem tão infelizes, gananciosos e hipócritas, que o extermínio mútuo lhes pareça menos
terrível do que enfrentar continuamente a paz a luz do dia.” As memórias da Segunda Guerra Mundial ainda
seguem extremamente vivas e muito presentes no leste da Europa. Por um lado, a Rússia celebrou, no
recentemente, os 76 anos da vitória contra o nazi-fascismo, em que as forças alemãs assinaram a rendição
diante do Exército Vermelho soviético, pondo fim ao enfrentamento no continente europeu. Por outro, a tensão
militar na fronteira russa com a Ucrânia dos últimos meses, além de reacender o conflito na região,
também conta com a presença de discursos nazistas. A tragédia é que, em larga medida, isso serviu para
empoderar neonazistas, literalmente, divulgando somente os objetivos dos poderes ocidentais que lhes
emprestaram apoio. Como outros narrativas tragicamente comum na Europa pós-Guerra Fria, de um país
mutilado e dilacerado quando suas divisões políticas e sociais foram usadas e estimuladas ainda mais na peleja
de uma grande rivalidade entre poderes mundiais. Nunca, desde 1963, quando houve a chamada Crise dos
Mísseis em Cuba, o mundo esteve tão próximo de uma Terceira Guerra Mundial. Naquela época os
soviéticos é que planejavam instalar uma base de lançamentos no país vizinho dos EUA. Claro, John Kennedy
não deixou. Agora a Ucrânia, com pretensões ainda de integrar a aliança militar ocidental(OTAN), virou a
Cuba de Vladimir Putin. Não são exagerados os alarmes de Joe Biden: é fato que a Rússia cercou militarmente
a Ucrânia com a maior movimentação bélica desde a Segunda Guerra; é fato que a diplomacia está fracassando
seguidamente; é fato que o Oriente está se alinhando tanto quanto o Ocidente, haja vista o pronunciamento
chinês pró-Rússia; e é fato também que de um lado temos os Estados Unidos e de outro a Rússia — as maiores
potências nucleares do mundo. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, fez
um apelo de última hora neste momento ao presidente russo, Vladimir Putin, para que pare a guerra ‘em nome
da humanidade’, depois que o líder russo anunciou uma operação militar em leste da Ucrânia. “Presidente Putin,
em nome da humanidade, traga suas tropas de volta à Rússia”, disse Guterres, falando após uma reunião de
emergência do Conselho de Segurança sobre a Ucrânia. As consequências das guerras, como em outras épocas,
são devastadoras para aqueles que estão diretamente ligados ao conflito, à (Ucrânia e a Rússia), mas para
todos, o problema dos refugiados, a tragédia humana, social, econômica, ambiental, enfim, causando danos
irreversíveis à todo o planeta. Com o fim da guerra fria muitos acreditavam que haveria paz no mundo
contemporâneo essa visão tanto simplória, nos remete a conflitos pelo mundo, também a proliferação de armas
químicas e nucleares, que vieram agravar a instabilidade mundial, nessa última década o oriente médio ainda
permanece como uma das áreas mais conturbadas, pela guerra em todo o mundo, assolada por conflitos étnicos
e religiosos na busca e alvo dos interesses das grandes potências globais.