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Abin Paralela: GSI pediu o monitoramento de 152 bispos que faziam críticas a Bolsonaro

Segundo a Polícia Federal, os religiosos demonstraram insatisfação com a gestão bolsonarista em áreas como educação, cultura e saúde
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) solicitou a produção de perfis de 152 bispos que, em 2020, assinaram uma carta crítica ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a Polícia Federal, os religiosos demonstraram insatisfação com a gestão bolsonarista em áreas como educação, cultura e saúde. Na carta, eles afirmavam que o país enfrentava “um dos momentos mais difíceis em sua história”.
A informação foi revelada pelas investigações da Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a Abin Paralela – esquema que utilizou ilegalmente a Agência Brasileira de Inteligência para monitorar lideranças consideradas opositoras ao bolsonarismo.
Na carta, os bispos disseram que o Brasil estava passando por uma “tempestade”. “Uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República, provocada em grande medida pelo Presidente da República e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança”, dizia um trecho do documento.
A PF já indiciou pelo menos 35 pessoas por participação no uso criminoso da Abin. Jair Bolsonaro (PL) não foi incluído nos novos indiciamentos porque, no Supremo Tribunal Federal (STF), ele já responde como réu no inquérito sobre a trama golpista – investigação mais ampla que aponta como núcleos bolsonaristas planejavam estratégias, entre elas o uso da Abin para espionagem política.
Na época do esquema criminoso, o GSI era comandado pelo general Augusto Heleno, que também não foi indiciado pela PF e é um dos 31 réus na investigação da trama golpista.