Com rejeição de 38% e voto consolidado de 44% Lula só precisa de 4 pontos

A rejeição dos candidatos à Presidência é um dado para a qual o eleitor e os veículos de comunicação, em geral, dão menos importâncias nas pesquisas eleitorais – e nem todos os institutos perguntam aos entrevistados em quem eles não votariam de jeito nenhum. Mas a rejeição, nesta etapa de pré-campanha, revela uma informação importante: nomes mais rejeitados, mesmo com altos índices de intenção de voto, têm menos potencial de crescimento quando as eleições se aproximam; e vice-versa.
A rejeição dos dois principais pré-candidatos neste momento – ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) – é alta, acima dos 35% do eleitorado. Mas Lula, nesse aspecto, tem um potencial de crescimento maior, pois 38% dos eleitores dizem que não votam nele de jeito nenhum contra 51% de Bolsonaro.
Liderança de Lula e rejeição de Ciro dificultam espaço para o pedetista
Liderando as pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), registrou 38% de rejeição entre o eleitorado no levantamentos do instituto PODER DATA . Enquanto isso, o petista somou 44% das intenções de voto.
Já Ciro Gomes (PDT) teve 49% dos eleitores que disseram que não votariam nele de jeito nenhum. O índice é menor do que em janeiro (58%), mas ainda assim, bem maior do que o de Lula – que tende a ocupar o campo da esquerda nas eleições presidenciais, disputado pelo pedetista.
Para Felipe Nunes, cientista político, a consolidação de Lula na liderança da corrida presidencial e a estagnação dos índices de rejeição representam uma dificuldade para que Ciro Gomes, pré-candidato pelo PDT, amplie sua viabilidade. Na avaliação de Nunes, o pedetista disputa voto no mesmo campo da esquerda que Lula. “Isso só demonstra a dificuldade que ele [Ciro Gomes] terá de convencer o eleitor de deixar de votar em Lula e passar a votar nele”, argumenta.
“Os eleitores de Lula e Bolsonaro são os mais engajados e já estão com os votos decididos, o que impede o crescimento dos demais candidatos”, completa Nunes.