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Brasil tem a 2ª maior taxa de juro real do mundo
Na quarta-feira, o Banco Central decidiu manter a taxa taxa básica de juros em 15%, colocando o Brasil atrás apenas da Turquia no ranking
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano, deixa o Brasil com a segunda maior taxa de juro real do mundo.
O país registra atualmente uma taxa real de 9,74% ao ano, atrás apenas da Turquia, líder com 17,8%, e a Rússia completa o pódio com 9,1%, segundo levantamento da consultoria MoneYou, de acordo com o Metrópoles. O estudo considera 40 economias relevantes do mercado global de renda fixa nos últimos 25 anos.
Incertezas fiscais e inflação preocupam o mercado
O relatório da MoneYou aponta que o Brasil enfrenta um cenário de instabilidade, marcado por dúvidas quanto ao controle da inflação e pela preocupação com os gastos públicos. Além disso, o chamado “tarifaço” comercial imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros tem agravado as perspectivas econômicas.
Os dez países com os juros reais mais altos do mundo são, respectivamente: Turquia (17,8%), Brasil (9,74%), Rússia (9,1%), Argentina (5,16%), Índia (4,21%), Colômbia (3,66%), México (3,54%), África do Sul (3,31%), Tailândia (2,77%) e Indonésia (2,41%).
Copom adota tom cauteloso e reforça vigilância monetária
Em comunicado, o Copom destacou que “o cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária”. O colegiado afirmou ainda que “a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”. “O Comitê enfatiza que seguirá vigilante e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, diz a nota oficial.
O mercado financeiro esperava uma suavização na linguagem usada pelo Banco Central, especialmente na expressão “período bastante prolongado”, o que não ocorreu — sinal de que a autoridade monetária pretende manter a política de juros elevados por mais tempo.
Brasil também se destaca no ranking de juros nominais
Ainda de acordo com a reportagem, no ranking dos juros nominais — que não descontam a inflação — o Brasil aparece na quarta colocação. A Turquia lidera com 39,5% ao ano, seguida pela Argentina (29%) e pela Rússia (16,5%). Logo atrás do Brasil estão Colômbia (9,25%), México (7,5%), África do Sul (7%), Hungria (6,5%), Índia (5,5%) e Indonésia (4,75%).
