A UDN é igual o diabo, nunca morre

Artigo escrito originalmente em 2015
Eu falava com minha amiga Niêta Correia que, às vezes, sou mal compreendido nesse Face, quando digo que o problema do Brasil não é o roubo da Petrobrás, pois esse podemos recuperar o dinheiro e colocar os culpados na cadeia.
Já a UDN, como digo, nunca morre. Pois é, o Satanás reage forte, simplesmente porque quer tratar o Brasil como fazenda e os pobres como gado. Isso não vamos permitir mais. Minha posição, em momento algum, foi a de defender marginais, ladrões ou qualquer coisa que o valha. Disse a ela que nosso principal problema é o pagamento dos juros da dívida externa, que, no meu entender, pagamos demais e estamos devendo meio trilhão de dólares. Como não temos o dinheiro para pagar, amortizamos e esse pagamento impede o país de crescer, pois, matematicamente, falta o dinheiro. Claro que temos outros problemas agregados a esse. A roubalheira, por exemplo. Mas essa, se houver fiscalização forte, estanca. Já o pagamento da dívida externa, é uma “sofrência de Pablo”.
A direita conquistense lê pouco ou nada, e, por isso, escolhe um mote e ataca com pau, pedra, xingamentos etc. Quero deixar claro que a minha opção por Dilma, nada tem a ver com o partido da Dilma, tem a ver com o que sei: o que representa Aécio e sua turma. Isso eu sei, quando estudei o Brasil Colônia e começo do Império. Para os ricos udenistas o Brasil e os brasileiros não são prioridades, pois, ao explorarem a população, podem viver em qualquer lugar do Mundo. O Brasil sempre será sua fazenda e o povo seu gado. Eu conheço essa gente. Já falei da ADESG – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, grupo de militares de alta patente e de civis reacionários escravagistas.
O povo brasileiro vem sustentado essa casta capitalista irresponsável há séculos. Na Primeira República, o governo tomou dinheiro emprestado no exterior, comprou o café dessa turma, mas o café que ela não conseguiu vender incinerou e o povo pagou o empréstimo. Assim, a classe ruralista latifundiária roubou o Brasil por mais de 50 anos. Aliado ao café, as outras culturas também. Qualquer sinal de pouco lucro e não prejuízo, os empréstimos da lavoura eram perdoados e o povo pagava a conta no Banco do Brasil. Aí estava tudo bem, como dizia J. J. SEABRA: “Povo é igual peru, aonde eu jogo o milho ele vem”. E assim, quem tinha a terra definia quem vivia e quem morria no Brasil.
A educação, essa então era só para os ricos. As universidades federais eram para os ricos estudarem. Ao pobre apenas os serviços mais rudes e de baixa remuneração lhe cabia; escola nem pensar. Hoje a história é outra. O serviço pode ser rudimentar, mas a remuneração é justa e, nesse particular, o rico se desespera, pois ficou rico porque roubou o ganho do pobre.
A direita fascista reage. Quer derrubar governo, quer quebrar tudo, quer que a empregada doméstica volte a ser “criada”, receber apenas o “de comer”. Porém, no Brasil que não pode mais ser considerado terceiro mundo, esse processo social do equilíbrio das classes é irreversível. O pobre hoje estuda, pensa, trabalha, conhece Direito. As instituições, embora lentas ainda, funcionam. Meu Deus, rico vai preso, é algemado! Quem imaginava isso no passado?
A UDN quer a volta dos dois livros na Delegacia (livro 1 e livro 2). Em Conquista era assim: dependendo de que família era o meliante, seu crime era apontado num determinado livro; se pobre, cadeia; se rico, um conselho talvez, mas constituir processo na Justiça, jamais.
Enfim, é bom abrir os olhos, pois a UDN não morre. Ela sempre volta lutando para recuperar os privilégios perdidos e isso inclui a Prefeitura de Vitória da Conquista Conquista e o Governo do Estado. Só que esse não, pois Wagner escorraçou a UDN com três derrotas seguidas. Em Vitória da Conquista, nos livramos dela em 63. O Diabo a ressuscitou em 1970 e, 45 anos depois, já dá pra sentir o cheiro de enxofre no ar e todo cuidado é pouco.
Nessa matéria abaixo o ex-ministro Bresser Pereira enfoca umas ideias interessantes, mas a direita é bolsonarista, não lê. Mas quem sabe algum passa as vistas e percebe que nada muda sem o saber!