(77) 98804-3994
BLOG DO PAULO NUNES BLOG DO PAULO NUNES
  • Início
  • Sobre Paulo Nunes
  • Editorial
  • Últimas Notícias
    • Vitória da Conquista
    • Geral
    • Política Conquistense
    • Bahia
    • Brasil
    • Ciência e Tecnologia
    • Coronavírus
    • Cultura
    • Economia
    • Educação
    • Eleições 2022
    • Gastronomia
    • Governo da Bahia
    • Infraestrutura
    • Mineração
    • Mobilidade Urbana
    • Municípios da Bahia
    • Nordeste
    • Norte
    • Política
    • Polícia
    • Saneamento
    • Sudeste
    • Sul
    • Saúde
    • Segurança Nacional
    • Segurança Pública
    • Urbanismo
  • Colunas
    • Paulo Nunes
    • Jeremias Macário
    • Paulo Pires
    • Ruy Medeiros
  • Artigos
    • Opinião
    • História
    • História de Vitória da Conquista
  • Vídeos
  • Contatos

Últimas notícias

Ruy & Rovs Lançam o Álbum “E elas brotavam teimosamente”: Celebração da Arte como Força de Transformação e Resistência

O que foi a Revolta dos Malês, a maior rebelião de escravizados do Brasil

A Justiça Tarda, Mas Não Falha

Incomunicáveis, brasileiros sequestrados por Israel devem receber visita consular

Núcleo do Patrimônio avança em debate sobre tombamento de imóveis históricos

cmvc





  1. Home
  2. Eleições 2022
  3. Em ofensiva no TSE, Bolsonaro ignora pesquisas que o colocaram na liderança



Eleições 2022 xDestaque1

Em ofensiva no TSE, Bolsonaro ignora pesquisas que o colocaram na liderança

08/10/2022 19 min read

AA

 Em ofensiva no TSE, Bolsonaro ignora pesquisas que o colocaram na liderança
Paulo Roberto Netto

Do UOL, em Brasília

A ofensiva jurídica do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra institutos de pesquisas eleitorais deixou de citar duas empresas responsáveis por levantamentos que apontaram sua liderança nas intenções de voto durante a campanha do primeiro turno, indo na contramão dos demais criticados pelo governo.

A Brasmarket Análise e Investigação de Mercado e o Instituto Equilíbrio Brasil não são mencionados nominalmente no pedido de providências feito pela campanha ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e à PGR (Procuradoria-Geral da República), ao contrário de outras nove empresas, como o Datafolha e o Ipec, que indicaram possível vitória do ex-presidente Lula (PT) nas eleições.

Desde agosto, as pesquisas da Brasmarket e do Instituto Equilíbrio Brasil divergiam das demais e colocavam Bolsonaro em primeiro lugar nas intenções de voto, cenário que não se confirmou nas urnas.

Os levantamentos da Brasmarket foram até divulgados pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente e um dos críticos de pesquisas eleitorais.

O último levantamento da Brasmarket, divulgado em 30 de setembro, dois dias antes da eleição, apontava liderança de Bolsonaro com 45,4% das intenções de voto no cenário estimulado. Lula (PT) aparecia com 30%.

A pesquisa Equilibrio Brasil, divulgada dois dias antes, dava resultado semelhante, mas com um avanço maior de Lula: Bolsonaro seguia com 44% e o petista, 41%

Nas urnas, Lula terminou o primeiro turno com 48,43% dos votos válidos — uma diferença de 18 pontos percentuais em comparação ao resultado da Brasmarket e 7 pontos percentuais a mais que a pesquisa Equilíbrio Brasil. Bolsonaro ficou com 43,20%, dentro da margem de erro dos dois institutos.

Na contramão, Bolsonaro na liderança. Durante a campanha, Bolsonaro liderou as intenções de voto da Brasmarket, oscilando entre 39% a 45% nos levantamentos feitos entre agosto e setembro. Lula oscilou entre 30,9 a 33%.

As discrepâncias entre os resultados da Brasmarket com as urnas e com outras pesquisas, porém, não são citadas pelo presidente nos pedidos de providência levados ao TSE e à PGR.

As ações citam nominalmente nove empresas: Quaest, Ipec, Datafolha, Ipespe, FSB, PoderData, Atlas, MDA e Paraná Pesquisas. Todas fizeram levantamentos que indicavam liderança de Lula nas intenções de voto, com Bolsonaro em segundo lugar.

“Embora sejam naturais as divergências entre os resultados das urnas e as indicações de pesquisas, os erros crassos que envolveram as pesquisas eleitorais, nesse pleito de 2022, são notoriamente repulsivos e merecem ser apurados com a devida profundidade e extensão”, disse a defesa do governo, sem mencionar a Brasmarket ou a Equilíbrio.

Os documentos foram encaminhados ao corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, e ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

Bolsonaro cobra que os institutos de pesquisa citados, “dentre outros reputados relevantes para a coleta de informações”, deem explicações sobre as divergências relatadas entre o resultado das urnas e as pesquisas feitas durante a campanha.

A diretora do Datafolha, Luciana Chong, avaliou que os eleitores que decidiram o voto de última hora nesse primeiro turno favoreceram a candidatura de Bolsonaro, o que explicaria a diferença entre a pesquisa do instituto na véspera da eleição e o resultado das urnas.

A diretora do Ipec (ex-Ibope), Márcia Cavallari, apresentou justificativas semelhantes e mencionou a antecipação de votos no presidente por eleitores indecisos, de Ciro e Simone.

Por que a Brasmarket ficou de fora? O UOL entrou em contato com a campanha de Bolsonaro, com o Palácio do Planalto e com o ex-ministro Tarcísio Vieira de Carvalho, responsável pela defesa jurídica do presidente no TSE.

A campanha de Bolsonaro e o Planalto não responderam.

Ao UOL o ex-ministro Tarcísio Vieira de Carvalho disse que a proposta é uma “investigação ampla”. “A menção aos institutos relacionados na petição é meramente exemplificativa”, afirmou.

Ministério da Justiça não diz nomes. Questionado pelo UOL se o inquérito solicitado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, para apurar a atuação dos institutos de pesquisa eleitoral englobaria a Brasmarket ou o Instituto Equilíbrio Brasil, o Ministério da Justiça não comentou.

A pasta se limitou a dizer que não enviaria o ofício encaminhado à PF e reproduziu nota divulgada anteriormente pelo governo sobre a investigação.

No texto, o Ministério da Justiça diz: “Vale lembrar que o art. 33, § 4º, da Lei das Eleições nº 9.504, de 1997, afirma que ‘a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa'”.

Ao ser questionado na quarta-feira (5) se a instauração da investigação poderia soar como tentativa de intimidação, Anderson Torres negou, alegando que a divulgação de notícia falsa é crime.

“Na verdade, não é intimidação porque existe um crime previsto para isso, que é a divulgação de pesquisas falsas. A própria fake news. Não tem fake news maior do que essa, no momento, em uma véspera de eleição… Então, a gente tem que ter muito cuidado. O inquérito é muito sério e a realidade vai vir à tona”, disse.

Confiável para Flávio. Sem menção na ofensiva do governo, a pesquisa Brasmarket foi compartilhada por Flávio Bolsonaro, filho do presidente, em setembro. No dia 15, o senador escreveu que o levantamento “já dá Bolsonaro eleito no 1º turno”, mesmo que outras pesquisas indicassem o oposto.

“Como falamos há tempos, os demais institutos já começaram a ajustar a vitória de Bolsonaro. As óbvias exceções serão DataFolha e IPEC, por ordem da Globo/PT e vão bancar a farsa até o fim”, disse.

No dia 30, quando a última pesquisa antes do primeiro turno foi divulgada, o senador também compartilhou a pesquisa em meio às críticas sobre institutos como o Datafolha e o Ipec. Outros apoiadores do governo, como o influenciador Leandro Ruschel, divulgaram a Brasmarket nas redes sociais.

Quem está por trás da Brasmarket? Fundada em 1982, a Brasmarket tem como sócio-administrador desde março o publicitário José Carlos Cademartori, segundo consulta pública da Receita Federal.

Entre maio e setembro, a empresa registrou 21 pesquisas eleitorais no TSE — 5 delas são destacadas no site da empresa e dão Bolsonaro na liderança do primeiro turno. Outros levantamentos envolvem as disputas regionais no Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Goiás.

Procurado pelo UOL, Cademartoni disse que está “à disposição” das autoridades para prestar esclarecimentos sobre a metodologia de pesquisa usada pela Brasmarket.

“Não tenho vínculo nenhum com Bolsonaro. Não conheço Bolsonaro. Dizem que é o Instituto do Bolsonaro, que tem a confiança do Bolsonaro. Tenho 68 anos de idade e não pertenço a nenhum grupo político. A gente pegou [a intenção de voto de] Simone, pegou Ciro, a gente só não pegou Lula”, disse.

Questionado sobre as divergências entre o resultado da Brasmarket em relação às urnas no caso do petista e sobre as demais pesquisas, Cademartoni respondeu: “Por que não pegou o Lula? Eu não sei. Pergunta também por que [outros institutos] não pegaram o Bolsonaro, né?”

Essa explicação todos têm que dar porque eles [demais institutos de pesquisa] também não pegaram Bolsonaro. Davam Bolsonaro com 33, 34 [% de intenção de votos], e a gente pegava o Bolsonaro. É um mistério. No seu devido tempo, vai aparecer se foi erro de captação, de metodologia”José Carlos Cademartoni, sócio da Brasmarket

Das 5 pesquisas destacadas pela Brasmarket, 3 foram pagas pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, com custos de R$ 90 a R$ 50 mil. As outras duas foram pagas, segundo informado, com recursos próprios e custaram R$ 30 mil cada uma.

Segundo Cademartoni, os preços foram definidos por negociação e as pesquisas pagas por conta própria foram feitas “a preço de custo” para divulgar a marca. “É uma marca antiga, conhecida na década de 90, por isso os números oscilam muito. Dependem de negociação e uma necessidade da gente para levar o nome do instituto nacional”.

A empresa não é integrante da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisas e não fez levantamentos eleitorais nas últimas eleições.

No site da Brasmarket, o PL, partido de Bolsonaro, aparece como cliente. Cademartoni afirmou, porém, que se trata do diretório regional do Tocantins, e não do diretório nacional da legenda.

Nas prestações de contas de Bolsonaro, não consta nenhuma despesa feita ao instituto.

E o Instituto Equilíbrio Brasil? O Instituto Equilíbrio Brasil registra suas pesquisas no CNPJ da MultiMercado Ltda, empresa criada em 1978, em Belo Horizonte. No site do instituto, é dito que a empresa passou a contar a partir do ano passado “com sua própria estrutura de pesquisa de opinião pública”.

Neste ano, a empresa registrou sete pesquisas no TSE que, somadas, chegam a custar R$ 220 mil. Todas foram custeadas com recursos próprios, segundo o instituto.

Por email, o coordenador-geral do Equilíbrio Brasil, Henrique Parizzi, afirmou ao UOL que a diferença entre os votos registrados por Lula nas pesquisas — 39% a 41%, no caso dos votos válidos — em comparação ao resultado nas urnas, de 48%, está relacionado a possíveis “votos úteis de última hora”.

“Esta diferença pode estar relacionada a percentual de votos úteis de última hora, data da pesquisa que foi anterior à dos demais institutos e margem de erro de três pontos, além de algum pequeno vício de amostra em alguma região, mais relacionada a público de baixa escolaridade”, disse.

Procurado, Parizzi inicialmente disse que conversaria com a reportagem, mas não atendeu às ligações seguintes.

Assim como a Brasmarket, a Equilíbrio Brasil não é integrante da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisas.

Compartilhe:
  
Previous post
Next post

Leave a Reply Cancel reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Buscar no Site






Editorias
https://www.youtube.com/watch?v=AwKXGnZPhes






Busca por Data
outubro 2022
D S T Q Q S S
 1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
3031  
« set   nov »



Colunistas


Versões Antigas



Leia também:
Cultura xDestaque1

Ruy & Rovs Lançam o Álbum “E elas brotavam teimosamente”: Celebração da Arte como Força de Transformação e Resistência

04/10/2025

  Trabalho autoral floresce com 11 faixas inéditas e um mosaico de vozes icônicas da música brasileira. SALVADOR, BAHIA – Chega

História do Brasil opinativo xDestaque2

O que foi a Revolta dos Malês, a maior rebelião de escravizados do Brasil

03/10/2025

Crédito,Domínio Público Legenda da foto,Ilustração feita por Jean Leaon Palliere Grandjean Ferreira, no século 19, retrata negros trabalhando nas ruas

Artigos xDestaque1

A Justiça Tarda, Mas Não Falha

03/10/2025

Há ditados populares que sobrevivem ao tempo porque carregam em si uma verdade que a vida insiste em comprovar. “A

Facebook Twitter Instagram Whatsapp

Web Analytics
Whatsapp: (77) 98804-3994

©2009-2025 . Blog do Paulo Nunes . Direitos reservados.