Pix domina meios de pagamentos e movimenta R$ 15 trilhões no 1º tri, diz BC
Sistema respondeu por 36,9 bilhões de operações — alta de 27,6% em comparação ao mesmo período de 202
O Pix consolidou-se como o meio de pagamento mais popular do Brasil, movimentando R$ 15 trilhões no primeiro semestre de 2025. Segundo o Banco Central, o sistema respondeu por 36,9 bilhões de operações — alta de 27,6% em comparação ao mesmo período de 2024.
Ao todo, foram 72,5 bilhões de transações financeiras no país entre janeiro e junho, somando R$ 59,7 trilhões. O relatório do Banco Central, segundo o Metrópoles, mostra que o Pix foi o principal responsável pelo aumento geral das operações financeiras, que cresceram 15,2% em volume e 14,5% em valor. Criado em 2020, o sistema já representa 50,9% de todas as transações realizadas no país, superando com folga outras formas de pagamento.
Transações entre pessoas e empresas puxam alta
Entre as operações processadas pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), administrado pelo Banco Central, 45% ocorreram entre pessoas físicas e 42,1% entre consumidores e empresas. Apenas 12,5% foram entre companhias e 0,4% envolveram órgãos públicos. O Pix Saque também avança como alternativa ao dinheiro físico: o serviço cresceu 36,2% e chegou a 7,7 milhões de operações no semestre.
Cartões mantêm relevância, mas perdem espaço
Mesmo com o domínio do Pix, os cartões ainda têm papel expressivo, respondendo por 34,3% das transações. O cartão de crédito lidera entre as modalidades, com aumento de 9,7% e 243 milhões de cartões ativos. Ele concentra 69,3% do volume financeiro movimentado e registrou crescimento de 14,2% no semestre.
Os pagamentos por aproximação seguem em expansão: 63,2% das transações com cartões pré-pagos, 47,2% com débito e 37,5% com crédito já ocorrem sem contato. O comércio eletrônico também impulsiona o setor — 21,9% das compras com cartão de crédito foram realizadas pela internet no segundo trimestre de 2025.
TED ainda movimenta o maior volume de recursos
Embora o Pix lidere em número de operações, a Transferência Eletrônica Disponível (TED) ainda responde por 37,1% do valor total movimentado no semestre. O Pix aparece em segundo, com 26,5%. Os boletos bancários cresceram 4,6%, alcançando 8,1% do volume financeiro, enquanto o uso de cheques recuou 16,5%, representando apenas 0,6% do total.
Tarifas e taxas de cartões
As tarifas médias de intercâmbio — cobradas pelas operadoras aos lojistas — seguem dentro dos limites do Banco Central: 0,50% no débito, 0,70% no pré-pago e 1,68% no crédito. O leve aumento neste último caso, de acordo com a reportagem, é atribuído à expansão dos cartões premium, como platinum e black, que somam 58,3 milhões de unidades — alta de 16,7% em relação a 2024. As taxas de desconto também diminuíram: no crédito, de 2,32% para 2,16%; no débito, de 1,14% para 1,08%.
Uso de dinheiro físico cai em todos os canais
Com a digitalização dos pagamentos, os saques tradicionais caíram 12,7% no semestre. O recuo ocorreu em todos os canais: 18,2% em agências, 13,2% em caixas eletrônicos e 11,1% em correspondentes bancários.

