O maior medo do governo do DF com a ida de Bolsonaro para a Papuda
O maior medo do governo do DF com a ida de Bolsonaro para a Papuda
Entrada em cena do governador Ibaneis Rocha, um bajulador e aliado de primeira hora do ex-presidente, seria por camaradagem, mas há mais coisa por trás disso
A tentativa do governo do Distrito Federal, liderado por Ibaneis Rocha (MDB), um bolsonarista bajulador de primeira hora, de interferir no iminente encaminhamento de Jair Bolsonaro (PL) para o Complexo Penitenciário da Papuda, através de um insólito pedido de avaliação médica do ex-presidente golpista antes mesmo de sua condição entrar em questões de execução penal, teria algo mais além de camaradagem e alinhamento ideológico.
É fato que, como aliado fiel, Ibaneis gostaria muito de “melar” a ida de Bolsonaro para uma das prisões mais famosas do país, célebre por receber políticos bandidos, mas a Secretaria de Administração Penitenciária do DF está de orelha em pé com qualquer possibilidade do líder extremista não ter “isolamento total” na Papuda.
Durante a visita à unidade de um auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e da juíza Leila Cury, titular da Vara de Execuções Penais do DF, os emissários de Ibaneis trataram de mostrar setores que seriam completamente desconectados do resto das instalações e com condições físicas de inacessibilidade para que o golpista em hipótese alguma fosse encontrado e alcançado fisicamente por qualquer outro detento.
Diante de tal “missão”, o governo do Distrito Federal selecionou três pontos diferentes da Papuda onde Bolsonaro poderia ficar detido numa cela especial sem que nenhum outro presidiário, nem na mais remota hipótese, possa acessá-lo e fazer algo. Essas áreas não teria conexões com alas ou pavilhões do complexo penitenciário, ou seja, seria lugares adaptados para um preso tão “ilustre”.

