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A queda do império e a distopia norte-americana

25/08/2025 16 min read

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 A queda do império e a distopia norte-americana
(Prof. Dirlêi A Bonfim)*

 

        (Prof. Dirlêi A Bonfim)*

A ideia de que o império americano está em declínio é um tema recorrente tanto em círculos acadêmicos quanto na mídia. O conceito de “império” aplicado aos Estados Unidos refere-se à sua hegemonia global, exercida através de poder econômico, militar, político e cultural desde o final da Segunda Guerra Mundial. Há uma série de análises que apontam para o comportamento de Trump no cenário mundial – de intimidação e extorsão que mais lembram a um mafioso que a um estadista – como falha de caráter pessoal. Embora esse comportamento tenha sido chocante na sua falta de polidez, Trump marca o culminar de uma tendência de décadas que transformou a política externa dos EUA de um regime de “proteção legítima” em meados do século XX num “esquema extorsivo de proteção” na virada do século XXI. Embora os temperamentos de sucessivos presidentes tenham sido importantes, os problemas enfrentados pelos EUA e seu papel no mundo não são atribuíveis a personalidades, mas são fundamentalmente estruturais, majoritariamente decorrentes das contradições de suas tentativas de se agarrar à sua preeminência diante das transformações na distribuição global de poder. A incapacidade de seus sucessivos governos – incluindo Trump e Biden – de romper com a mentalidade de primazia dos EUA resultou numa situação de “dominação sem hegemonia”, na qual desempenham papel cada vez mais disfuncional no mundo. Essa dinâmica mergulhou o mundo num período de caos sistêmico análogo à primeira metade do século XX e nesse limiar do século XXI. O Escritor, jornalista brasileiro e internacional, Jamil Chade, expressou muito bem o projeto de geopolítica de Donald Trump: “Ele já deixa bem claro: não irá fazer diplomacia. Vai atuar com a força, tanto bélica quanto econômica e comercial. Na sua visão imperialista de construção de uma nova ordem não passa pela paz. Mas pela capitulação do adversário”. Nos textos reunidos, no seu último livro:  “Tomara que você seja deportado” : Uma viagem pela distopia americana, Jamil Chade (2025),  descreve um cenário devastador sob qualquer ponto de vista, evidenciando a magnitude da decadência da sociedade estadunidense. Compreendendo o período entre a campanha eleitoral de Donald Trump e o início dos esforços eugenistas de sua política de imigração, a tragédia norte-americana ganha aqui rosto e materialidade. Chade (2025),  percorre os locais por onde se espraia o ódio e o rancor, a pobreza e a ilusão, de Manhattan ao México, do Madison Square Garden aos abrigos para deportados nas cidades mexicanas na fronteira. O que o leitor entrevê é um desastre humanitário, ético, político, espiritual. A atmosfera inequívoca de perseguição, o medo do imigrante de ser caçado. Mas também a perversidade da ofensiva trumpista no que diz respeito a outros temas, como a educação e os direitos de pessoas LGBTQIAPN+, outrora relevantes para a composição de um cenário, uma ordem mundial, que glorificava a nação que tomou para si o termo “América”. Pelas palavras de Walter Salles, que prefacia o livro, de Chade realiza “não somente um extraordinário trabalho jornalístico, mas também um ensaio de grande lucidez sobre como podem sucumbir as democracias”. Jamil Chade(2025), mostra a queda avassaladora da democracia nos EUA nos primeiros meses do segundo mandato de Trump ao visitar quinze estados do país. O trabalho do jornalista, aqui, marcado também pela experiência pessoal – Chade se mudou com a família para os Estados Unidos – é revelador do esfacelamento simbólico da solidez que consagrou os Estados Unidos da América como a nação mais poderosa do mundo. Uma nação que demole a si mesma, com os golpes imprudentes de um líder autoritário. “A tragédia do capitalismo canibal” refere-se à ideia da Filósofa Professora  Nancy Fraser(2024), de que o capitalismo, em sua busca incessante por crescimento, devora as condições prévias (como recursos naturais, cuidado social, e democracias) que ele próprio necessita para funcionar, levando a uma crise ecológica, social e política generalizada. Para a autora, o sistema não é apenas econômico, mas uma forma de sociedade que depende de recursos extra-econômicos, como a exploração do trabalho não-remunerado e a expropriação da natureza, culminando em uma situação de auto-destruição. “Os Elementos Devorados”. O termo “canibal” ilustra a forma como o capitalismo consome as suas próprias bases de sustentação: Natureza: consome os recursos naturais, como água potável e terra arável, que são essenciais para a vida e, por extensão, para a economia. Trabalho de Cuidado: Subvaloriza e, por vezes, nega o trabalho de cuidado, majoritariamente realizado por mulheres, que é fundamental para a reprodução da força de trabalho e da sociedade. Democracia e Infraestrutura: devora a democracia, os bens públicos e as infraestruturas materiais e jurídicas que são necessárias para que o sistema funcione de maneira mais estável. As Implicações da Crise: Essa dinâmica autodestrutiva, para Nancy Fraser, resulta em: Crise Ecológica: A exploração desenfreada da natureza leva à devastação do planeta. Desigualdade Social: Aprofunda a exploração de diferentes grupos sociais, incluindo comunidades não-capitalistas e populações vulneráveis.  Colapso da Sociedade: A democracia e outras instituições sociais são corroídas, tornando-se insuficientes para lidar com a magnitude dos problemas.

 

A necessidade de uma Nova Visão de Sociedade, mais humanizada e menos retrógrada. Segundo o Professor Byung-Chul Han(2024), vai acrescentar sobre essa relação “ (capitalismo x ser humano) como “existência econômica”. Na qual o modo de vida é estruturado pelo modelo econômico e se transforma em uma tentativa constante de triunfo sobre a morte, garantindo a qualquer custo a preservação do “eu”, sem a menor preocupação com o outro, com a coletividade, a sociedade que nos encontramos, essa a muito numa crise para além de existencial, crise política, social, econômica, ética e tentando sobreviver no limite da existência, inundada com a brutal inversão de valores. Nessa mesma linha de raciocínio, a Professora Fraser (2024), vai defender  “a necessidade de ir além do reducionismo econômico e construir um “socialismo pós-moderno”, numa espécie de “capitalismo socializável”, com excelente distribuição de renda, à toda a sociedade, sem distinção e a luta permanente por uma sociedade voltada para o “ estado de bem estar social”, sem que não se repita os velhos erros dos séculos XIX, XX e esse limiar de XXI.  Isso implica em lutar por uma nova forma de vida, que não seja definida pelo apetite voraz do capital, mas que priorize o cuidado, com a justiça social digna distribuição de renda em toda a sociedade humana, além das responsabilidades sociais preservadas, a preservação ambiental do planeta. É possível, que tenhamos uma sociedade mais justa e um planeta mais saudável. A crise do Capital, não é da falta de recursos, mas uma crise Ética e Moral. Na história do Capitalismo, nunca se acumulou tantos recursos, concentrado nas mãos de tão poucos.  A intimidação promovida por Trump, incluindo seu comportamento no cenário mundial como presidente dos EUA, geralmente foi entendida como falha de caráter pessoal – o que sem dúvida foi. No entanto, embora a intimidação vinda de Trump como presidente tenha sido sem precedentes em quão sem polidez foi, em vez de ser uma aberração completa, ele marca o culminar de um processo de décadas que transformou a política externa dos EUA de um regime de “anomalias” em meados do século XX, para um “esquema extorsivo de proteção” no início do século XXI.A imposição de tarifas de 50%, sobre os países em geral, no caso das exportações brasileiras para EUA, se deflagrou uma escalada inédita de tensões entre os dois países. No caso brasileiro pode-se classificar, “esse, como um dos piores momentos da relação bilateral com o Brasil. Trump tem uma visão imperial da política externa, não à toa menciona o presidente McKinley, associado ao imperialismo“, afirma o Professor Cientista político Carlos Poggio (2025). Ao ignorar completamente o “princípio da Soberania Nacional”. Ele explica que o conceito de imperialismo, ou interferência na política interna de um outro país, pode ser atribuído à atual política externa americana por causa da tentativa do governo Trump de impor sanções e influenciar as decisões do Judiciário brasileiro por meio da pressão comercial. Pela cede de domínio e tentativas em vão de que possa ter algum controle sobre a situação externa que envolve o dia a dia e cotidianos de outros países e nações, sem qualquer tipo de respeito à soberania nacional dos países em geral e não apenas ao Brasil. BRICS, China, Rússia – novamente, tudo isso é uma função do declínio do imperialismo dos EUA em relação a outras potências imperialistas em ascensão. Intimidar a Groenlândia, Dinamarca, Panamá e até mesmo Canadá ou México pode lhe render algumas concessões, mas grandes potências como China, Rússia e até mesmo o Irã não são tão fáceis de pressionar. Após décadas de insolência e desdém dos EUA, essas e outras potências em ascensão foram empurradas para mais perto umas das outras econômica e militarmente. Entre elas, China e Rússia controlam juntas enormes territórios, populações e recursos naturais, sem mencionar uma formidável base militar-industrial. Todas as coisas permanecendo iguais — tecnologia, acesso a recursos naturais, força de trabalho qualificada etc. — um país com uma população maior superará um com uma população menor. Apesar de ter apenas 5% da população mundial, foi sua posição privilegiada e a técnica superior do capitalismo dos EUA que lhe permitiu dominar a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial. Isso foi apoiado pelo poderio militar e por uma série de intervenções imperialistas para criar esferas de interesse, investimento e extração de matéria-prima. Instituições como o Banco Mundial e o FMI perpetuaram o endividamento e a dependência. Essa pilhagem por lucro, por sua vez, manteve a maioria do mundo em estado de pobreza e falta de competitividade. No entanto, a ganância míope dos capitalistas os levou a desindustrializar seus próprios países enquanto aceleravam involuntariamente o desenvolvimento do capitalismo em outros países. Eles também impuseram sanções e outras restrições ao comércio, forçando muitos países a desenvolverem suas próprias tecnologias avançadas. Como resultado, países como China e Rússia não são mais como eram há 30 anos. Até aqui chegou o suposto “fim da história”. A ascensão do BRICS é o exemplo mais gráfico dessa mudança. As estimativas variam, mas, por algumas medidas, os dez membros e oito parceiros do bloco econômico respondem por quase 50% do PIB mundial, superando o G7. Dos dez principais países por PIB, cinco estão nos BRICS: China, Índia, Rússia, Brasil e seu membro mais recente, a Indonésia, a sétima maior economia do mundo e a quarta mais populosa. Os outros cinco são EUA, Japão, Alemanha, França e Reino Unido. No entanto, a comparação é ainda mais gritante quando medida pela manufatura em vez do PIB, que inclui serviços intangíveis. Com a ampliação dos BRICS e o processo de desdolarização da economia global, tudo isso vem contribuir com o isolamento dos EUA reforçando a ideia da inevitável queda do império.

**contribuição do Professor DsC. Dirlêi A Bonfim, Doutor em Desenvolvimento Econômico e Ambiental,  Professor da SEC/BA**Sociologia** Plano de Formação Continuada Territorial – IAT/SEC/BA.08/2025.2**

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