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Ninguém desafia Trumpp como Lula, porque ninguém tem o capital político que ele tem

11/08/2025 4 min read

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 Ninguém desafia Trumpp como Lula, porque ninguém tem o capital político que ele tem

Acho interessante esse debate ou uma tentativa para compreender o capital simbólico de Lula sob a ótica de Pierre Bourdieu, é necessário primeiro entender os conceitos centrais do sociólogo francês. O capital, para Bourdieu, não se resume ao aspecto financeiro (capital econômico), mas se manifesta em outras formas, como o capital cultural (conhecimentos, títulos acadêmicos, habilidades) e o capital social (redes de contato, relações, pertencimento a um grupo).

O capital simbólico é, nesse contexto, a forma como esses outros capitais são percebidos, reconhecidos e legitimados na sociedade, conferindo prestígio, honra e autoridade. É a “mágica” que transforma a posse de outros capitais em um poder social legítimo. ​No caso de Lula, a análise do seu capital simbólico é particularmente rica e complexa, pois ele se constitui de uma forma que subverte a lógica tradicional da política brasileira.
​
​Ao contrário de muitos políticos de elite, que acumulam capital cultural por meio de títulos acadêmicos e capital social por laços com as classes dominantes, o capital de Lula se origina na classe trabalhadora. Lula não possui diplomas universitários, o que o diferencia da elite intelectual e política tradicional. Seu capital cultural, portanto, não é acadêmico, mas se manifesta em seu habitus (disposições e modos de agir adquiridos socialmente) e em sua capacidade de se comunicar de forma direta e eficaz com as massas populares.

Ele domina a linguagem e os códigos do “povo”, o que lhe confere uma legitimidade e um reconhecimento que os políticos com capital cultural formal muitas vezes não possuem. Seu capital social foi construído a partir das bases do movimento sindical, na região do ABC Paulista. Ele não foi “introduzido” na política por famílias tradicionais, mas emergiu como líder de um grupo social específico: os metalúrgicos. Essa trajetória solidificou uma rede de apoio e pertencimento que é a base de sua força política.

​​O capital simbólico de Lula é a legitimação desses capitais subvertidos. É o reconhecimento de sua trajetória como uma fonte legítima de poder. Esse capital se manifesta de diversas formas: a sua origem de classe e sua trajetória de superação pessoal são transformadas em um ativo político. A retórica de “retirante nordestino que virou presidente” se torna um símbolo poderoso que ressoa com a experiência de milhões de brasileiros. Esse reconhecimento não é apenas uma questão de popularidade, mas uma aceitação profunda de que sua liderança é justa e merecida.

​Para a parcela mais pobre da população, o sucesso de Lula é visto como o sucesso deles próprios. Ele não é apenas um líder, mas um espelho de suas aspirações e lutas. Sua linguagem, gestos e até sua aparência (sem a formalidade típica da elite) contribuem para essa identificação, o que Bourdieu chamaria de uma forma de violência simbólica invertida, onde o dominado reconhece e legitima o poder de alguém que vem de sua própria origem.

​O nome “Lula” transcende o indivíduo e se torna uma marca política, um símbolo de esperança, de inclusão social e de uma era de prosperidade. Esse capital simbólico se tornou tão forte que permitiu que ele se mantivesse como uma figura central na política brasileira mesmo fora da presidência.

Portanto, meu caro, o capital simbólico de Lula, segundo a perspectiva de Bourdieu, é a transformação de seu capital cultural informal e seu capital social de base em uma autoridade e legitimidade reconhecidas pela sociedade, especialmente pelos grupos subalternos. Sua trajetória desafiou as hierarquias sociais tradicionais, mostrando que o poder simbólico pode ser construído a partir de fontes não convencionais e, por isso, se tornou uma figura de grande influência e distinção no campo político brasileiro.
​
Fonte.

O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

​Bourdieu, Pierre. Distinção: Crítica Social do Julgamento. São Paulo: Edusp, 2007.
____
Joilson Bergher!

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