Os pobres e a extorsão dos pastores

Reza a Constituição Federal que é dada ao cidadão o direito de professar a sua fé através de uma religião da sua escolha, o que significa que existe a liberdade de criação de qualquer igreja em território brasileiro. No entanto, constitui crime o abuso dessa liberdade para praticar extorsões contra os pobres e pessoas vulneráveis que são facilmente vitimadas pela lavagem cerebral de pastores evangélicos inescrupulosos.
No Brasil de hoje temos várias pandemias de doenças, não apenas da Covid-19, da dengue, da gripe influenza e outras. Uma delas que está assolando nossa gente mais inculta e sem instrução, é o fanatismo religioso, mais parecido com o talibã do Afeganistão ou aquele islamismo radical que degola cabeças em nome de Deus.
Talvez aqui ainda seja pior, porque muitos pastores de determinadas igrejas se tornaram verdadeiros bandidos. Se houvesse justiça, eles estariam na cadeia. Em troca de um pedaço no reino do céu, o povo mais sofrido com as mazelas do nosso país está sendo iludido a deixar o pouco que tem na mão de um pregador de araque que só visa o dinheiro.
Mesmo com as tragédias e catástrofes, como as mais recentes na Bahia, a inflação que corrói a merreca de um salário mínimo ou o auxílio do Bolsa Família, o desemprego e a informalidade galopante, esses criminosos não dão trégua e estão sempre de plantão. Eles arrancam tudo do ingênuo fiel em nome da “fé religiosa”.
Contra esses pastores safados que têm bens móveis e imóveis, carros, mansões e comem do bom e do melhor, a justiça brasileira (Ministério Público, OAB, os tribunais e a própria polícia) nada faz para fechar essas igrejas e prender seus pastores que vivem da extorsão dos pobres. São os mercadores do templo e, se Cristo voltasse, chicoteava todos eles.