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Menina de SP é estuprada pelo namorado da avó e vai para BA interromper gestação

Uma mulher de 30 anos, identificada como Vânia (nome fictício), de Guarulhos (Grande SP), compartilhou a difícil jornada de sua filha Karen (nome fictício), que aos 14 anos foi vítima de abuso pelo marido de sua avó. A descoberta veio quando Karen, na 29ª semana de gestação, mencionou sentir algo se movendo em sua barriga. “Minha filha sempre pergunta: ‘e aí, mãe, não vai acontecer nada com ele? Por que ele não foi preso se ele cometeu um crime?’”, lamentou Vânia, revelando a dor e a impunidade que cercam o caso.
Após o registro do boletim de ocorrência, mãe e filha enfrentaram obstáculos para interromper a gravidez legalmente em São Paulo, devido a restrições nos hospitais locais. A solução veio com uma viagem de ônibus até Salvador (BA), onde finalmente puderam realizar o procedimento de aborto, quando Karen já estava com 31 semanas de gestação.
O caso levanta debates sobre legislações e a proteção às vítimas de estupro. Enquanto o PL 1904, conhecido como ”PL do estupro”, avança na Câmara dos Deputados, muitas vozes se levantam contra, argumentando que tais medidas colocam mais peso sobre as vítimas, em vez de punir os agressores.