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A prefeita sonrisal que dissolve a Cidade!

* Por Herberson Sonkha
Mais um incidente grave envolvendo a precária infraestrutura da cidade ocorrido no dia 13 de junho. Segundo a notícia do Portal G1 e TV Sudoeste, desta vez, uma idosa de 63 anos foi “engolida” por uma cratera aberta no asfalto da Avenida Crescêncio Silveira, em Vitória da Conquista. Infelizmente, esse não é um fato isolado, mas sim mais um reflexo da péssima gestão pública que a cidade vem enfrentando há anos.
Durante esses 8 anos de governo municipal, inúmeras denúncias de descaso com a manutenção das vias públicas foram registradas. Relatos de moradores dão conta de que o asfalto em diversos bairros, como a Regis Pacheco, a Crescêncio Silveira, Miro Cairo, Sobradinho, Pedrinhas, Cruzeiro, a Praça Vitor Brito e a parte da principal Avenida no bairro Vila América desapareceu. Enfim, a cidade está esfarelando e formando crateras, colocando em risco a segurança e o bem-estar da população.
Essa situação precária da infraestrutura urbana é sintomática de um governo municipal com fixação apenas na Avenida Oliva Flores. Não prioriza a conservação e o cuidado com a cidade. A negligência com a manutenção das vias públicas nos bairros periféricos e no campo é uma inequívoca demonstração da falta de compromisso do poder público municipal com o bem-estar da população, especialmente daqueles que residem nas periferias e área rural.
Nos últimos dois mandatos, tanto o do falecido prefeito Herzem Gusmão quanto a atual gestão, em conluio com a maioria de vereadores irresponsáveis da Câmara Municipal, negociaram e aprovaram empréstimos vultuosos apenas para se reelegerem, utilizando-se da velha prática política da “borra de asfalto”. Essa estratégia político-partidária reacionária, em detrimento de investimentos efetivos na melhoria da infraestrutura, resultou em um município cada vez mais endividado e com capacidade reduzida de investimentos sociais nos próximos anos.
Assim como o antiácido Sonrisal, que se desfaz facilmente ao toque, a gestão municipal também parece estar se desintegrando, deixando para trás uma Vitória da Conquista que já foi notícia alvissareira no cenário nacional, por uma outra cada vez mais precária e insegura. Essa “dissolução” do governo municipal é evidenciada pela negligência não somente com a manutenção básica das vias públicas, mas, todo o portfólio de serviços públicos de saúde, educação, cultura, moradia, transporte público, meio-ambiente e desenvolvimento social. Esse governo municipal coloca em risco a segurança da população, especialmente daqueles que vivem nas franjas da sociedade, nas periferias e nas áreas rurais.
A recente tragédia ocorrida na Avenida Crescêncio Silveira, onde a idosa ficou ferida ao cair em uma cratera, não é um evento isolado, mas sim mais um reflexo da péssima gestão pública. Assim como o Sonrisal, um antiácido que se desfaz facilmente, a infraestrutura da cidade parece estar seguindo o mesmo caminho de dissolução.
Essa situação é sintomática de um governo municipal que não prioriza a manutenção e o cuidado com a cidade. Assim como o Sonrisal, que não cumpre sua função de aliviar os sintomas, o governo municipal também não cumpre sua obrigação de zelar pela qualidade de vida da população. Infelizmente, não se pode esperar que as autoridades institucionais no município assumam suas responsabilidades e tomem medidas efetivas para reverter essa situação.
Diante desse cenário de dissolução, a esperança da população que mais precisa dos serviços reside nas próximas eleições municipais, quando a população e os servidores públicos poderão expressar nas urnas todo o seu descontentamento com a atual gestão municipal e votar em candidatos comprometidos com o desenvolvimento humanizado, inclusivo, socialmente referenciado que promova a melhoria da qualidade de vida em Vitória da Conquista. Somente assim, a cidade poderá se libertar dessa imagem de “Governo Sonrisal” e retomar o caminho do progresso e do bem-estar de todos os seus habitantes.
Nesse contexto, destaca-se a importância da democratização das contas públicas (Conselho Social Participativo) por meio do “Controle Social” para que a sociedade conquistense passe a realizar continuamente a fiscalização mais rigorosa das contas públicas e da transparência na gestão municipal, a fim de coibir práticas clientelistas, mandonistas, patrimonialistas e desvios de recursos. Essa medida seria fundamental para combater a cultura de corrupção e desperdício de recursos públicos que têm contribuído para o agravamento da situação da cidade.
Propor a criação com toda a estrutura e logística necessária para funcionar adequadamente conselhos sociais comunitários e mecanismos coletivos de participação popular nas decisões sobre prioridades de investimento em infraestrutura e políticas públicas. Essa iniciativa daria voz a todas as pessoas domiciliada e residente em Vitória da Conquista, permitindo que a população tenha maior influência na definição efetiva das ações governamentais a serem implementadas pelo poder público municipal.
Debater amplamente com a população a perspectiva atual e futura do plano de desenvolvimento urbano humanizado, inclusivo e socialmente referenciado, com ênfase na manutenção das vias públicas, saneamento básico e mobilidade. Esse plano diretor deve ser reelaborado com a ampla participação da sociedade conquistense para definir investimentos (de curto, de médio e de longo prazo) visando solucionar definitivamente todos os problemas estruturais históricos da cidade.
Retomar e ampliar o Orçamento Participativo com a realização ordinária de audiências públicas com o gestor, secretariado e seu staff para avaliar os investimentos públicos, analisar taxa de retorno e o custo-benefício do investimento para a população. Esses debates devem envolver o movimento sindical, social, cultural; a sociedade civil, especialistas e lideranças políticas para discutir soluções efetivas para os problemas da cidade. Esse processo dialógico de construção coletiva de propostas é fundamental para revitalizar a democracia participativa municipal interrompida pela extrema-direita, legitimar e viabilizar as ações a serem implementadas.
Dessa forma, o governo municipapopulação conquistense vivenciarão uma cidade mais robusta, pujante e alvissareira. A população conquistense tem sabedoria popular tanto para escolher, quanto para ajudar o futuro governo municipal, sinalizando caminhos para uma transformação política e institucional que possa reverter a situação de dissolução enfrentada por Vitória da Conquista. Somente com a mobilização social se conscientizará a sociedade sobre uma gestão municipal comprometida com o bem-estar de sua população será possível reconstruir uma cidade mais justa, inclusiva, socialmente referenciada, menos desigual e segura.